Os principais índices do mercado de ações europeu fecharam o pregão desta segunda-feira em campo misto, enquanto investidores digerem a recente bateria de indicadores econômicos da região, antes da decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE), prevista para esta semana.
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Dados oficiais divulgados mais cedo revelaram que os preços ao consumidor da zona do euro cresceram 5,3% neste mês, em comparação com 5,5% registrados em junho, apontando uma tendência de queda iniciada no outono. Desconsiderando energia e alimentos não processados, os preços subiram 6,6%, após uma alta de 6,8% no mês anterior.
Além disso, outro conjunto de dados indicou que o bloco econômico registrou crescimento no segundo trimestre, com o Produto Interno Bruto (PIB) apresentando crescimento de 0,3%, superando as expectativas de 0,2%. Esses indicadores, aliados a dados otimistas de crescimento e preços rígidos do núcleo, moderaram o otimismo em relação ao Banco Central Europeu (BCE) interromper os aumentos de juros em breve.
“Esta notícia não será bem recebida em Frankfurt e vai favorecer a causa dos falcões”, diz Claus Vistesen, economista-chefe da zona do euro na Pantheon Macroeconomics.
“Somada aos assustadores dados salariais do segundo trimestre, ainda acreditamos que os falcões do BCE vão conseguir pressionar com sucesso por um último aumento em setembro, antes que os dados se voltem decididamente contra eles. Essa é uma decisão difícil”, completa.
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Na semana passada, o BCE elevou as taxas de juros para o nível mais alto em 23 anos. A presidente da instituição, Christine Lagarde, indicou durante a coletiva de imprensa subsequente que decisões futuras dependeriam dos dados econômicos.
Lagarde compartilhou suas expectativas para a próxima reunião do BCE, que está agendada para setembro, afirmando ao jornal Le Figaro no domingo que “pode haver uma nova alta na taxa básica de juros ou talvez uma pausa.” A presidente enfatizou que uma possível pausa não seria necessariamente definitiva, deixando em aberto as possibilidades para o futuro das taxas de juros na região.
Enquanto o BCE toma suas decisões com base em uma série de fatores econômicos, os investidores também estão atentos à política monetária do BoE, cuja reunião ocorrerá na próxima quinta-feira. Espera-se que o BoE aumente as taxas de juros em, pelo menos, 0,25 ponto percentual (pp), marcando assim o 14º aumento consecutivo, impulsionado por uma inflação contínua no Reino Unido. A inflação, embora tenha diminuído ligeiramente para 7,9% em junho, ainda se mantém muito acima da meta do banco central.
Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices europeus no fechamento:
FTSE-100 (Londres): +0,07%, 7.699,41 pontos
DAX-30 (Frankfurt): -0,03%, 16.464,56 pontos
CAC-40 (Paris): +0,29%, 7.497,78 pontos
FTSE MIB (Milão): +0,49%, 29.644,7 pontos
IBEX-35 (Madri): -0,50%, 9.641,50 pontos
SMI-20 (Zurique): -0,08%, 11.309,25 pontos
PSI-20 (Lisboa): -0,43%, 6.135,31 pontos
Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices europeus no mês:
FTSE-100 (Londres): +2,23%
DAX-30 (Frankfurt): +1,96%
CAC-40 (Paris): +1,32%
FTSE MIB (Milão): +5,01%
IBEX-35 (Madri): +0,51%
SMI-20 (Zurique): +0,26%
PSI-20 (Lisboa): +3,63%
Larissa Bernardes / Agência CMA
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Imagem: Piqsels