O Ibovespa opera em leve alta, assim como os juros e taxas DI, enquanto o dólar estadunidense cai no mercado financeiro brasileiro nesta sexta-feira (28). A Bolsa opera com instabilidade em meio à pressão das commodities metálicas e a recuperação das ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), após forte queda da véspera. O exterior segue em alta expressiva.
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A Usiminas (USIM5) liderava a queda no Ibovespa com 4,00%. Vale (VALE3) perdia 2,47% e CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) caíam 2,61% e 0,77%, nessa ordem. Já Petrobras (PETR3 e PETR4) subia 1,19% e 0,64%.
Além do balanço da Vale (VALE3) com opiniões mistas no mercado, divulgado ontem após o fechamento, hoje antes da abertura, a Usiminas (USIM5) reportou lucro líquido de R$ 287 milhões no segundo trimestre de 2023, queda 73% na comparação ao mesmo período do ano passado, com lucro de R$ 1,060 bilhão. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, o lucro líquido da empresa apresentou recuo de 47%. O resultado está impactando nas ações e no setor.
Às 12h50 (horário de Brasília) o principal índice da B3 subia 0,14%, aos 120.163,85 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto subia 0,57%, aos 120.915 pontos. O giro financeiro era de R$ 7,9 bilhões. Em Nova York, as bolsas operavam em alta.
Mais cedo, nos Estados Unidos, o índice de preços para os gastos pessoais (PCE, sigla em inglês) subiu 0,2% em junho na comparação mensal, após registrar alta de 0,1% em maio. Na comparação anual, o índice subiu 3,0% em junho, após uma alta de 3,8% em maio. Já o núcleo do PCE subiu 0,2% em comparação mensal, em linha com o consenso do mercado, e avançou 4,1% em termos anuais em junho, e em termos anuais levemente abaixo das expectativas.
O dólar segue em queda. A moeda reflete os sinais de controle inflacionário nos Estados Unidos, o que poderia fazer com que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pause ou até mesmo encerre o ciclo contracionista.
De acordo com o sócio da Top Gain Leonardo Santana, “estamos otimistas. O mercado está de olho na taxa de juros dos Estados Unidos, e o PCE veio legal”.
Na comparação mensal, o PCE teve alta de 0,2%, enquanto no comparativo interanual a elevação foi de 3,0%. Já o núcleo do PCE, que exclui os preços de alimento e energia, subiu 0,2% em junho ante maio (em linha com as expectativas do mercado) e 4,1% em base anual, abaixo das projeções de +4,2%.
As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) passaram a subir, puxadas pela volta da percepção do mercado de que o Comitê de Política Monetária (Copom) poderia começar o ciclo de cortes dos juros em 0,50 pontos porcentuais.
Conforme explicou Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, os dados fortes da economia norte-americana e dados que saíram mais cedo sobre a inflação brasileira não fizeram preço, porque vieram em linha com o que o mercado esperava.
“A outra, mas a ponta curta da curva, está respondendo um pouco a todo o movimento que foi muito forte aí dos últimos dias, de uma expectativa de uma queda de 0,50 na próxima reunião de agosto [do Copom], então o mercado ele vem repressificando os vértices mais curtos com essa possibilidade do Banco Central (BC) começar cortando os juros em 0,50”, explicou o especialista.
Veja como estava o mercado por volta das 13h10 (de Brasília):
IBOVESPA: 120.242,72 (+0,21%)
DÓLAR À VISTA: 4,7380 (-0,42%)
DI JAN 2024: 12,625% (+0,19%)
DI JAN 2027: 10,220% (+0,09%)
Camila Brunelli / Agência CMA
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