A administradora de shopping centers Multiplan divulgou ontem (27) o balanço do segundo trimestre, com lucro líquido de R$ 247,2 milhões, alta de 43,3% em relação à igual período do ano anterior.
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O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do período foi de R$ 369,3 milhões, alta de 28,4% na comparação anual, impulsionado pelo crescimento de dois dígitos da receita líquida, juntamente com a redução das despesas de propriedades e de sede. Às 10h50, as ações da companhia avançavam 3,48%, a R$ 27,04.
A XP Investimentos destacou a redução da alavancagem financeira (Dívida Líquida/EBITDA), que atingiu 1,40x (vs. 1,54x no primeiro trimestre), o menor nível dos últimos 10 anos, o que pode suportar os planos de expansão da companhia no futuro. A corretora manteve a recomendação de compra das ações da companhia, com preço-alvo de R$ 33.
A XP enfatizou, também, o bom desempenho das vendas, o crescimento do aluguel nas mesmas lojas (SSR), impulsionando a receita de aluguel e a receita líquida. Além disso, ganhos de eficiência ajudaram nas altas de 28% do Ebitda e de 24% do FFO.
A Ativa Investimentos afirmou que a Multiplan entregou mais um bom resultado, com destaque para as receitas de aluguel e estacionamento que atingiram recordes em um segundo trimestre. Para a Ativa, além de seguirem apresentando crescimento real em vendas nas mesmas lojas (SSS), a companhia vem trazendo maior eficiência em seu mix de lojas, otimizando também sua taxa de ocupação.
“Seguimos acreditando na tese e confiantes de que a empresa seguirá entregando resultados positivos ao longo dos próximos trimestres. Mantemos nossa recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 31/ação”, concluiu a corretora.
A Genial Investimentos destacou que as vendas da companhia no segundo trimestre cresceram acima da inflação, mas lembrou que o SSR deve diminuir consideravelmente nos próximos trimestres, fruto dos efeitos de um IGP-DI muito negativo. Contratualmente, os shoppings não devem fazer reajuste negativo dos aluguéis, implicando apenas em reajuste nulo.
Por fim, a Genial enfatizou que, além da retomada das margens, o custo de ocupação (que estava acima da média nos últimos trimestres) voltou praticamente à média histórica, ficando em 13,6% no trimestre.
O Bank of America (BofA) lembrou que os custos de ocupação devem se normalizar no ano que vem em meio à deflação que limita o crescimento dos aluguéis. “As vendas de julho surpreenderam, com alta de 11% na comparação anual, possivelmente ajudadas pela sazonalidade do varejo de vestuário relacionada ao clima em 2022. É importante observar a tendência de vendas após a alta em julho, a ‘desaceleração’ acumulada no ano e o crescimento dos aluguéis em meio a uma inflação menor do que a prevista, ponderou o BofA, que manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 33/ação.