A Energias do Brasil (EDP Brasil) divulgou ontem o balanço do segundo trimestre de 2023, com prejuízo líquido de R$ 222,7 milhões, revertendo o lucro de R$ 381,1 milhões atingidos no mesmo período do ano passado.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,030 bilhão, queda de 8,4% na comparação anual. Na comparação semestral, o Ebitda recuou 2,2%, chegando a R$ 2,339 bilhões no primeiro semestre de 2023.
Segundo a companhia, o resultado foi impactado pela reclassificação de todos os ativos e passivos de Pecém como Ativo não circulante mantido para venda. De acordo com o CPC 31, para fins de registro contábil, deve-se mensurar os ativos mantidos para venda pelo menor entre o seu valor contábil e o valor justo menos despesas de venda. Essa reclassificação teve um valor total de R$ 577,2 milhões.
O EBITDA Ajustado do trimestre, pelos efeitos não recorrentes e não caixa, foi de R$ 932,4 milhões, redução de 1,2%. No semestre a queda foi de 2,7%. Conforme instrução CVM 527, o EBITDA do trimestre e do semestre foi de R$ 1,1 bilhão e R$ 2,5 bilhões, respectivamente.
A receita líquida somou R$ 3,562 bilhões, diminuição de 1,5% em comparação com o segundo trimestre de 2022. Já no semestre, a receita somou R$ 7,307 bilhões, queda de 0,2%. As despesas (PMSO) foram de R$ 362,8 milhões, queda de 6% em relação ao mesmo período de 2022.
A dívida líquida fechou em R$ 10,1 bilhões, queda de 5,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. A relação Dívida Líquida/EBITDA dos ativos consolidados foi de 1,9 vez e de 2,0 vezes, considerando a participação em Jari, Cachoeira Caldeirão e São Manoel. Excluindo os efeitos não caixa dos últimos 12 meses, a relação Dívida Líquida/EBITDA ajustado seria de 2,4 vezes.
O custo médio da dívida encerrou o trimestre em 13,55% a.a., em comparação aos 12,84% a.a. no final de 2022, levando em consideração os juros capitalizados das dívidas e os encargos incorridos. O prazo médio da dívida atingiu 2,5 anos. Considerando as dívidas das empresas que a companhia detém participação, o prazo médio seria de 3,0 anos e o custo médio seria de 13,2% a.a..
Os investimentos totalizaram R$ 585,6 milhões no trimestre, aumento de 10,7% e R$ 1.196,3 milhões no semestre, aumento de 22,9% decorrente do aumento dos investimentos em Distribuição e Transmissão.