As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) abrem em queda, precificando um corte da Selic (taxa básica de juros) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) depois da divulgação do IPCA-15 melhor que o esperado, e de olho na decisão sobre os juros nos Estados Unidos, que deve ser anunciada amanhã.
Na leitura de Andre Fernandes, especialista em mercado de capitais e sócio da A7 Capital, o IPCA-15 veio melhor do que o esperado e a reação do mercado foi imediata, com os juros futuros fechando ainda mais e as apostas nas opções do Copom se destacando o corte de -0,50% na taxa Selic na próxima reunião, que saiu de 47% de probabilidade para 63%.
O mercado segue com a atenção voltada para o setor de serviços – e os dados continuaram a acelerar, mas com aceleração abaixo do mês passado. “Já se encontram abaixo da média histórica. Dados dos serviços subjacentes, que excluem os itens mais voláteis, já começam a inflexionar para baixo ao olharmos a média móvel dos últimos 3 meses, com uma variação anual de 5,7%”, comenta.
Por volta das 10h10 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 12,635% de 12,700% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 10,610% de 10,700%, o DI para janeiro de 2026 ia a 10,035%, de 10,120%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,095% de 10,170% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a R$ 4,7570 para a venda.