As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecham em queda. Alguns analistas consideram que as DIS seguem exterior, enquanto outros dizem que as taxas refletem o otimismo de investidores, que aumentam as apostas em um corte mais agressivo por parte do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima reunião.
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Andre Fernandes, sócio da A7 Capital, observa que as apostas de corte de -0,50% na Selic (taxa básica de juros) estão ganhando espaço. “Pelas opções do Copom ainda podemos observar que a aposta de corte de -0,25% na Selic ainda é a aposta majoritária.”
Na leitura do analista Rafael Passos, da Ajax Assets, o movimento principal foi dos juros da zona do euro. Mais cedo, Klass Knot, membro do BCE, sinalizou a proximidade do fim do ciclo de alta de juros no bloco europeu.
Segundo Klass, novas altas após a próxima reunião não estão garantidas, e os recentes alívios na inflação tem provocado um viés mais dovish [sem tendência de alta] entre os membros da instituição. Depois das declarações, as taxas das treasuries dos países europeus recuaram, segundo informou a Ajax Assets em boletim. “A gente viu ele [Knot] falando da proximidade do fim do ciclo, e automaticamente todos os movimentos das taxas de juros, seja Itália, seja Alemanha, mas do bloco europeu como um todo, foi de recuo muito forte, conta Passos. Os juros daqui acompanham o movimento de fora.”
Em ambiente doméstico, a Ativa Research considera que vamos nos aproximando do ciclo de corte de juros por parte do Comitê de Política Monetária (Copom), enquanto no mundo, a maioria dos bancos centrais ainda estão na fase do ciclo monetário, de aumentar os juros.
“Com isso, o Brasil, neste momento, tem uma foto melhor que os outros mercados”, afirmou a corretora em boletim.
Por volta das 16h30 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 12,760% de 12,860% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 10,735% de 10,850%, o DI para janeiro de 2026 ia a 10,135%, de 10,225%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,150% de 10,265% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava de lado, cotado a R$ 4,8080 para a venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
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