O dólar comercial fechou em alta de 0,25%, cotado a R$ 4,8070. A moeda refletiu, ao longo da sessão, as indefinições sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e as incertezas sobre a consistência da retomada econômica chinesa.
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Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, o DXY (cesta de moedas desenvolvidas) teve uma leve melhora, fazendo com que o dólar suba com menos força.
Borsoi entende que a retomada chinesa é decepcionante, o que faz com que a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,0% fique cada vez mais difícil de ser atingida, e classifica o cenário como “desafiador”, o que desvaloriza as moedas ligadas às commodities, como o real.
Borsoi entende que a economia norte-americana dá sinais de aceleração, o que leva o mercado a apostar que o Fed promova mais duas altas de 0,25 ponto percentual (pp), mesmo que não consecutivas.
“O IBC-Br foi muito negativo. Existe bastante chance de um corte de 0,50 pp na Selic (taxa básica de juros), na reunião de agosto”, prevê Borsoi. O indicador, em maio abaixo do esperado teve queda de 2,0% ante projeções de -0,40%.
De acordo com o boletim da Ajax Research, “lá fora, os dados mais fracos de China no segundo trimestre impactam negativamente as ações e o mercado de commodities; enquanto juros dos Treasury Bonds (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) recuam num dia de fraca agenda nos Estados Unidos.”
O PIB chinês cresceu 0,8% no comparativo trimestral e 6,3% no anual. As projeções eram de +0,8% e +7,1%. Já o varejo, junho, teve alta de 3,1% em base anual ante projeções de +3,3%.
Paulo Holland / Agência CMA
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