Nesta segunda-feira (10), Suumit Shah, diretor-executivo da Dukaan (e-commerce da Índia), anunciou em seu Twitter que está substituindo 90% dos seus funcionários de atendimento ao cliente (SAC) por um chatbot (semelhante ao ChatGPT) alimentado por inteligência artificial. De acordo com o site Growjo, a empresa possuía cerca de 250 empregados.
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Na postagem, o empresário diz que a decisão foi difícil, porém necessária. “O tempo para a primeira resposta passou de 1 minuto e 44 segundos para instantâneo”, diz, complementando que os custos de suporte ao cliente foram reduzidos em 85%.
O post chegou a 2,2 milhões de visualizações, e fez diversos internautas temerem de terem seus empregos “roubados” pela inteligência artificial, especialmente aqueles que trabalham no setor de serviços. A automatização desse tipo de serviço gera menos gastos para a empresa, além de gerar respostas rápidas e com mais precisão.
Em resposta, usuários criticaram Shah. “Como esperado, não encontrei nenhuma menção ao fato de 90% dos funcionários terem sido demitidos. Que assistência eles receberam?”, questiona um internauta.
Outra crítica foi sobre como os clientes podem ser “afastados” por conta da falta de atendimento humanizado. “Prefiro esperar 1,44 minutos por um humano do que um chatbot de IA instantâneo e inútil”, disse outro usuário.
27% dos empregos em risco
Um novo relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) na terça-feira (11) revelou que 27% dos empregos nos países membros estão em alto risco de automatização devido ao avanço da Inteligência Artificial (IA). A organização alerta que é necessário agir agora e implementar políticas que lidem com os desafios trazidos pela IA ao mercado de trabalho.
No documento, a OCDE destaca que os países estão “à beira de uma revolução da inteligência artificial” no mercado de trabalho. A organização ressalta a necessidade de coletar “melhores dados sobre o uso da tecnologia” para entender quais empregos serão impactados, quais serão criados ou mesmo eliminados, e como as habilidades necessárias estão se transformando.
Imagem: Pixabay