As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) operam mistas, sinalizando expectativa de Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) menos hawkish.
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“Esse movimento reflete bastante a animação que a gente vê lá fora. A gente teve um impulso bem forte das commodities no geral, isso acaba beneficiando o Brasil por meio do câmbio. E com a melhora do câmbio, tem redução na expectativa de inflação e isso permite que os juros caia
também”, observa o analista da Potenza Capital, Bruno Komura.
“A inflação ao produtor nos Estados Unidos veio abaixo da expectativa, animando o mercado, porque pode fazer com que o Fed seja menos duro: talvez ele suba agora nessa próxima reunião, em julho, mas que depois pode parar de fazer as altas e essa expectativa animou bastante os mercados. Como tem expectativa do Fed menos duro, isso tem impactado bastante o meio da curva.”
Komura diz que se o banco central dos Estados Unidos for um pouquinho mais leve agora no começo, pode ser que ele seja um pouco mais moderado mais para frente. Em relação aos vértices de longo prazo, o especialista fala de pensar no estrutural.
“Apesar da certeza de que a reforma tributária deve andar bem lá no Senado Federal, eu acho que a gente ainda precisa ter bastante claro como vai ser resolvido toda a questão do déficit”, pondera.
“Essa é uma coisa que preocupa bastante, mas eu acho que a gente está na direção certa e, com o tempo, os vértices longos vão conseguir fechar também.”
Na leitura do economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi, contribuem para o bom humor a consolidação da trajetória baixista na inflação dos Estados Unidos e dados fracos da balança comercial chinesa, consolidando uma perspectiva de menor inflação global e uma postura mais suave por parte dos Bancos Centrais – apesar de algumas incertezas no cenário europeu.
Mais cedo, foi divulgado que o Índice de Preços ao Produtor dos Estados Unidos (PPI, na sigla em inglês) subiu 0,1% em junho na comparação com o mês anterior, após a queda de 0,4% em maio. Analistas previam crescimento de 0,2% em novembro.
Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 12,825% de 12,845% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 10,835% de 10,800%, o DI para janeiro de 2026 ia a 10,175%, de 10,095%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,210% de 10,120% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em queda, cotado a R$ 4,7920 para a venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
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