A Eletrobras promoveu ontem (12) o seu Investidor Day, para apresentar sua estratégia de negócios pós-privatização. Nos próximos cinco anos, até 2027, a companhia deve investir R$ 11-16 bilhões (R$ 6 bi já confirmados) e prevê RAP anual de R$ 2 bilhões. Também prevê aporte de R$ 35 bilhões em leilões de transmissão em 2023/2024 e 4 M&As em transmissão em andamento totalizando 6.338 km.
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Para o Bank of America (BofA), o potencial de corte de custos, de 42%, ficou abaixo de suas expectativas, de 50%, e o período para alcançar esta meta, de 4 anos, também ficou aquém de sua previsão, de 3 anos. A previsão da Eletrobras é atingir R$ 5 bilhão/ano de despesas gerenciáveis (PMSO) em 2026.
“No geral, vemos a avaliação das ações da companhia (14% TIR real) como atraente e esperamos que a execução da recuperação gere uma reclassificação, mantemos nossa recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 50”, comentou o BofA.
O banco estima que o menor preço do limite regulatório será de R$ 70/MWh e de R$ 130/MWh no logo prazo. O BofA acredita que a companhia vai comercializar ao preço de R$ 80/MWh.
O Itaú BBA afirmou que ficou impressionado com a qualidade da equipe contratada pela companhia, que apresentou uma estratégia coesa e com boas perspectivas de sucesso. A corretora manteve a recomendação de desemprenho superior (outperform).
“Os preços da energia devem continuar baixos nos próximos anos, mas o cenário de médio prazo pode mudar dependendo das condições hidrológicas e uam demanda mais forte do que a prevista. A empresa acredita que pode haver demanda adicional se o hidrogênio verde se torna uma realidade no Brasil, potencialmente consumindo 11-12 GWavg até 2030”, destacou o Itaú, que apontou preço-alvo de R$ 61,20/ação.
O BTG Pactual, que recomenda a compra das ações da companhia, destacou que a empresa tem atualmente 89% de sua carteira de energia contratada para 2023 e 79% contratada para 2024, com média de preços de R$ 210/MWh.
Além disso, a corretora salientou que a companhia criou recentemente uma trading (aprovado pela Aneel na semana passada) e está focada em lançar as bases para a abertura do mercado livre, quando passará a fornecer energia a clientes varejistas. A Eletrobras conseguiu ampliar o número de clientes no mercado livre para 132, bem acima dos 31 clientes em junho de 2022.
Emerson Lopes / Agência CMA
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Imagem: Eletrobras