O dólar comercial fechou em queda de 0,43%, cotado a R$ 4,8610. A moeda refletiu a expectativa de que a inflação nos Estados Unidos mostre desaceleração, o timismo com a retomada econômica chinesa e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que caiu 0,08% em junho ante maio.
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Para o analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura, “o mercado está digerindo o IPCA, a reação inicial foi muito ruim, mas depois foi melhorando e agora a gente ainda teve ajuda do exterior”.
“O resultado (do IPCA) veio misto, mesmo com o Serviço vindo forte. O índice de difusão melhorou e está indo na direção certa”, analisa Komura.
Komura, contudo, salienta que o principal fator desta terça é externo, com o mercado à espera de novos indícios que possam mostrar os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
De acordo com a Ajax Asset, “lá fora, a recuperação do crédito na China anima os investidores quanto às perspectivas de crescimento do país. Ativos de risco seguem em alta, e Juros dos Treasury Bonds (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) recuam. Por aqui, mercado deve acompanhar exterior”
Já o estrategista da BGC Liquidez Daniel Cunha, entende que “o quadro qualitativo da inflação foi pior que o antecipado por nós, com serviços mostrando uma dinâmica ainda longe de dar conforto adicional para o Banco Central (BC). Desta forma, mantemos nossa projeção de -0.25 ponto percentual (pp) para agosto”.
“Mais cedo, o Governo sinalizou medidas de apoio ao mercado imobiliário, estendendo empréstimos aos incorporadores e construtores e alongando vencimento de dívidas”, contextualizou a Ajax.
Paulo Holland / Agência CMA
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Imagem: Piqsels