O Ibovespa cai, enquanto as taxas DI sobem e o dólar estadunidense opera de lado no mercado financeiro brasileiro nesta segunda-feira (10). A Bolsa opera com queda com o mercado absorvendo os dados de inflação na China mais fracos e, os investidores ficam à espera de indicadores econômicos durante a semana aqui e nos Estados Unidos.
- Receba primeiro as notícias e análises que vão impactar o mercado. Assine o exclusivo Monitor do Mercado Real Time. Recomendações de investimento e informações, minuto a minuto, direto no seu celular. Clique aqui para conhecer.
Amanhã será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho com expectativa de deflação e nos Estados Unidos, na quarta-feira (12), a inflação ao consumidor (CPI, sigla em inglês) de junho.
Na China, a inflação ao consumidor ficou estagnada em junho e os preços ao produtor caíram 5,4%, ambas em base anual.
Por aqui, o Boletim Focus trouxe a queda na previsão da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 4,98% para 4,95%.
As ações da Vale (VALE3) caíam 0,93% com a desvalorização do minério de ferro. Os papéis da CSN (CSNA3) perdiam 2,59% com Itaú BBA reduzindo preço-alvo da companhia de R$ 16 para R$ 11.
Às 11h17 (horário de Brasília), o principal índice da B3 caía 0,32%, aos 118.516,80 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto perdia 0,06%, aos 120.090 pontos. O giro financeiro era de R$ 3,9 bilhões. Em Nova York, os índices operavam mistos.
Ubirajara da Silva, gestor de renda variável, disse que a semana começa com dados mais fracos de inflação na China e preocupação com crescimento global, com queda das commodities. “A semana é marcada por dados de inflação aqui e nos Estados Unidos e a desvalorização das commodities pressiona o índice por aqui, vários integrantes do Fed devem falar durante a semana, vamos ver se eles dão novos passos da política monetária dado o payroll mais fraco na sexta-feira”.
O dólar acelerou o ritmo de alta. Na falta de notícias internas, o mercado aguarda o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho, nos Estados Unidos, que será divulgado e pode dar indícios sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Para o sócio da Pronto! Invest Vanei Nagem, “o principal é lá fora. O mercado está esperando o CPI”. Nagem ressalta o que o cenário interno é favorável ao real, com o avanço da reforma tributária no Congresso e a ausência de ruídos políticos.
As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) sobem. O movimento é majoritariamente de correção, já que o cenário interno segue positivo.
De acordo com o economista da Pronto Investimentos Marcelo Castro, “é mais uma correção até porque o mercado já está com uma expectativa de um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) negativo e tem uma postura mais conservadora.”
Para o sócio da Pronto! Invest Vanei Nagem, as taxas “têm cedido um pouco mais, mas ainda existem dúvidas sobre o Copom. Na última ata ele mostrou a intenção de cortar ao menos 0,25 ponto percentual (pp), mas a médio prazo ainda é incerto”.
Por volta das 12h36 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 12,815% de 12,785% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 10,760% de 10,800%, o DI para janeiro de 2026 ia a 10,135%, de 10,060%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,175% de 10,105% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta de 0,34%, cotado a R$ 4,8830 para a venda.
Veja como estava o mercado por volta das 13h15 (de Brasília):
IBOVESPA: 118.351,70 (-0,45%)
DÓLAR À VISTA: R$ 4,8700 (+0,06%)
DI JAN 2024: 12,815% (+0,23%)
DI JAN 2027: 10,190% (+0,84%)
Camila Brunelli / Agência CMA
Copyright 2023 – Grupo CMA
Imagem: Freepik