A Bolsa fechou em alta amparada pelas ações das commodities, setor financeiro e varejistas. Outro fator que influenciou no movimento positivo foram as projeções trazidas pelo Boletim Focus de queda para a inflação, taxa básica de juros (Selic) e alta do Produto Interno Bruto (PIB).
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Mas, a liquidez ficou reduzida em razão do fechamento mais cedo das bolsas em Nova York devido ao feriado de amanhã (4) da Independência.
Os investidores ficam na expectativa de que as votações sobre o arcabouço fiscal e reforma tributária, além da mudança no julgamento do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) avancem ainda esta semana.
Mais cedo, foi divulgado o Boletim Focus que voltou a trazer redução nas expectativas para a inflação e reforçando as chances para a queda da taxa básica de juros. O Focus mostrou queda na previsão de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2023 de 5,06% para 4,98% e manteve em alta a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano de 2,18% para 2,19%. Já a estimativa para taxa básica de juros (Selic) foi reduzida de 12,25% para 12% no fim deste ano.
As ações da Vale (VALE3) subiram 3,12% e da Usiminas (USMI5) encerraram em alta de 2,54%. Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA 3) avançaram, respectivamente, 3,58% e 1,48%. Os papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4) aumentaram 1,72% e 1,86%. Magazine Luiza (MGLU3) subiu 2,07%.
O principal índice da B3 subiu 1,34%, aos 119.672,78 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto avançou 1,70%, aos 121.550 pontos. O giro financeiro foi de R$ 21,3 bilhões. Em Nova York, as bolsas fecharam em alta.
Segundo um analista de um grande banco de investimento, a Bolsa mantém o movimento positivo sustentada por Petrobras, Vale e o setor financeiro, mas perdeu liquidez sem a referência do mercado norte-americano que fechou mais cedo por conta do feriado de amanhã; a bolsa é de alta e, na quarta-feira (5) deve romper os 120 mil pontos por conta da expectativa de queda de juros aqui e fluxo de estrangeiro.
Rodrigo Moliterno, head de renda variável, disse que a Bolsa caminha para um fechamento positivo “puxada pelas empresas de commodities, apesar do PMI da China mais fraco, e pelas varejistas por início do ciclo de redução de taxa de juros; os DIs fechando também contribuíram para melhorar as empresas de consumo, hoje a liquidez está mais reduzida por aqui devido ao feriado amanhã nos Estados Unidos; as elétricas apresentam leve realização, sem motivo específico, e também do setor de construção depois de forte alta”.
Ricardo Leite, head de renda variável da Diagrama Investimentos, disse que por conta do feriado amanhã nos Estados Unidos, a liquidez está um pouco baixa no Ibovespa e “a Vale, mineradoras e siderúrgicas puxam o índice e esse movimento reflete os ânimos vistos nas bolsas asiáticas durante a madrugada em que o mercado aguarda uma possível sinalização de incentivo do governo chinês para alguns setores-chave da economia como infraestrutura e construção, mas ainda sem efeito”.
Leite também afirmou que outro fator que influencia positivamente na Bolsa é o Boletim Focus “com mais uma queda da perspectiva do IPCA e a alta do PIB para 2023, além da fala do Lira [Arthur Lira, presidente da Câmara], que está articulando para votar a reforma tributária até sexta-feira; a fala do Alckmin [Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços] em que disse que o incentivo de compra de veículos vai acontecer até juros caírem ajudou as locadoras e o setor”.
Soraia Budaibes / Agência CMA
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