As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam em queda. O mercado mostra otimismo com o início do corte na Selic (taxa básica de juros), em agosto.
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Para o sócio da Pronto! Invest Vanei Nagem, “o mercado está precificando um corte de 0,25 ponto percentual (pp), mas eu não me surpreenderia se viesse 0,5pp”.
“A gente começa a semana com relatório Focus trazendo uma nova redução ainda a expectativa de inflação e o mercado acirrando as apostas com relação ao corte de juros”, comenta o diretor de tesouraria do Braza Bank, Bruno Perottoni.
Na análise do especialista, as apostas de um corte de pelo menos 0,25% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) vem aumentando. “As opções de Copom negociadas na B3 indicam de 6 a 9% de possibilidade de manutenção, 49% de possibilidade de um corte de 0,25% e 40% de corte de 0,5%, de acordo com o fechamento de sexta-feira, então o mercado bem precificado com relação a isso”, observou.
Os analistas da Commcor Corretora disseram, em relatório, que o momento é de confiança para o corte da Selic. Tendo como gatilhos a ata da última decisão e a manutenção da meta de inflação em 3% para 2025 e 2026 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), investidores disputam no mercado qual o ritmo da redução e a pesquisa Focus trouxe relevantes ajustes baixistas nas projeções inflacionárias de longo prazo.
“Movimentos que reforçam o atual fechamento da curva de juros e, dando origem a esse movimento, a leituras de um acerto do CMN em não elevar as metas inflacionárias”. Ainda houve redução para a Selic no fim de 2023, de 12,25% para 12%.
Para 2025, a projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi revisada de 3,80% para 3,60% e para 2026 de 3,72% para 3,50%.
Por volta das 16h46 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 12,780% de 12,850% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 10,640% de 10,775%, o DI para janeiro de 2026 ia a 9,975%, de 10,135%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,005% de 10,165% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta de 0,35%, cotado a R$ 4,8050 para a venda.
Paulo Holland / Agência CMA
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Imagem: Piqsels