O Ibovespa sobe, enquanto as taxas DI e dólar estadunidense operam em queda no mercado financeiro brasileiro nesta segunda-feira (3). A Bolsa opera no campo positivo puxada pelas ações da Vale (VALE3), mineradoras e siderúrgicas, além da Petrobras (PETR e PETR4). Outro fator que contribuía para o bom humor do Ibovespa foi a divulgação do Boletim Focus com perspectiva de queda na projeção para a inflação e alta para o Produto Interno Bruto (PBI) para este ano.
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Os investidores ficam com as atenções voltadas para o Congresso com o presidente da Câmara, Arthur Lira, tentando avançar na pauta econômica, antes do recesso parlamentar.
Mais cedo, foi divulgado o Boletim Focus que voltou a trazer redução nas expectativas para a inflação e reforçando as chances para a queda da taxa básica de juros. O Focus mostrou queda na previsão de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2023 de 5,06% para 4,98% e manteve em alta a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano de 2,18% para 2,19%.
As ações da VALE (VALE3) subiam 3,27%, acompanhavam seus pares em Londres. Usiminas (USMI5) tinha ganho de 3,67% e Gerdau (GGBR4) avançava 3,47%. Os papéis da Petrobras (PETR3 e PETR4) aumentavam de 1,75% e 1,76%.
Às 12h30 (horário de Brasília), o principal índice da B3 subia 1,27%, aos 119.596,67 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto tinha alta de 1,61%, aos 121.410 pontos. O giro financeiro era de R$ 9,3 bilhões. Em Nova York, as bolsas operavam mistas.
Ricardo Leite, head de renda variável da Diagrama Investimentos, disse que por conta do feriado amanhã nos Estados Unidos, a liquidez está um pouco baixa no Ibovespa e “a Vale, mineradoras e siderúrgicas puxam o índice e esse movimento reflete os ânimos vistos nas bolsas asiáticas durante a madrugada em que o mercado aguarda uma possível sinalização de incentivo do governo chinês para alguns setores-chave da economia como infraestrutura e construção, mas ainda sem efeito”.
O dólar opera em leve queda. A moeda reflete a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) seja menos duro, suavizando o ciclo contracionista. O cenário doméstico também beneficia o real, com projeções de que o corte na Selic (taxa básica de juros) comece em agosto.
“A gente começa a semana com relatório Focus trazendo uma nova redução ainda a expectativa de inflação e o mercado acirrando as apostas com relação ao corte de juros”, comenta o diretor de tesouraria do Braza Bank, Bruno Perottoni.
As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) caíam reagindo ao Boletim Focus com efeito de ancoragem das expectativas para o horizonte mais longo.
“A gente começa a semana com relatório Focus trazendo uma nova redução ainda a expectativa de inflação e o mercado acirrando as apostas com relação ao corte de juros”, comenta o diretor de tesouraria do Braza Bank, Bruno Perottoni.
Na análise do especialista, as apostas de um corte de pelo menos 0,25% na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) vem aumentando. “As opções de Copom negociadas na B3 indicam de 6 a 9% de possibilidade de manutenção, 49% de possibilidade de um corte de 0,25% e 40% de corte de 0,5%, de acordo com o fechamento de sexta-feira, então o mercado bem precificado com relação a isso”, observou.
Veja como estava o mercado por volta das 13h10 (de Brasília):
IBOVESPA: 118.268,13 (+0,59%)
DÓLAR À VISTA: 4.821,500 (-0,81%)
DI JAN 2024: 12,770% (- 0,65%)
DI JAN 2027: 10,020 % (-0,93%)
Camila Brunelli / Agência CMA
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Imagem: Piqsels