O Ibovespa futuro opera em alta na primeira sessão do segundo semestre com os investidores reagindo ao Boletim Focus com a redução nas projeções de inflação e o impacto para o corte na taxa de juros (Selic). Em meio a isso, os investidores ficam atentos às votações no Congresso.
No âmbito internacional, os dados mais fracos na China- índice de gerentes de compras (PMI, sigla em inglês) cai para 50,5 pontos em junho- e fica no radar dos investidores. O minério de ferro teve queda em Dalian.
Nos Estados Unidos, os investidores esperam pela divulgação do PMI do setor industrial de junho em um dia em que as bolsas fecham mais cedo por conta do feriado, amanhã (4), da Independência.
O Boletim Focus mostrou queda na previsão de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2023 de 5,06% para 4,98% e manteve em alta a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) para este ano de 2,18% para 2,19%.
Às 9h50 (horário de Brasília) o Ibovespa futuro com vencimento em agosto subia 0,88%, aos 120.565 pontos. Os futuros norte-americanos operavam em queda e as bolsas europeias tinham alta. Na
Ásia, os índices fecharam no positivo.
Ubirajara Silva, gestor de renda variável, disse que a semana é mais curta por conta do feriado nos Estado Unidos, mais repleta de dados relevantes. “Aqui os ativos continuam performando bem, vamos acompanhar a votação do arcabouço e da reforma tributária na Câmara e no Senado, fluxo estrangeiro continua forte, junho fechou com quase R$10 bilhões de entrada de capital externo e ajuda na Bolsa”.
Os analistas da Commcor Corretora, disseram, em relatório, que o momento é de confiança no início do ciclo de corte da Selic na próxima reunião, dias 1 e 2 de agosto, e “a pesquisa Focus trouxe relevantes ajustes baixistas nas projeções inflacionárias, de curto, mas especialmente de longo prazo-o IPCA para 2025 e 2026 fora revisado de +3,80% para 3,60% e de +3,72% para 3,50%,
respectivamente”.
Os analistas da Commcor também disseram que “o mercado monitora as movimentações em Brasília, onde a Câmara deve reanalisar o projeto do novo marco fiscal após alterações no Senado; Lira [o presidente da Câmara] tem intenção de vota ainda esta semana em primeiro turno a reforma tributária”.