O dólar comercial fechou em queda de 1,23%, cotado a R$ 4,7880. A moeda refletiu a melhora do humor global, com a expectativa por um Fed menos severo. No ambiente doméstico, a manutenção da meta da inflação em 3% foi bem recebida pelo mercado. Na semana, a valorização foi de 0,23%, enquanto no mês, trimestre e semestre, as quedas foram de 5,64%, 5,54% e 9,30%, respectivamente.
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Segundo o analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura, “para ajudar no movimento do câmbio (apreciação do real), temos o mercado encarando com bons olhos a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) que decidiu manter a meta de inflação em 3%, com mudança apenas na medição, trocando de ano calendário para contínuo”.
Komura entende que a definição da Ptax para o mês de julho também contribui para a performance da moeda brasileira frente ao dólar.
“Vemos o dólar se desvalorizando frente às principais moedas, reduzindo as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) seguirá duro na sua política monetária. Isso deixa os ativos de risco mais atrativos, já que a recessão (nos Estados Unidos) pode ser muito mais leve que o esperado”, analisa Komura.
Esta melhora foi motivada pelos gastos pessoais (CPE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, em maio, que subiram 0,1% ante expectativas de 0,2%.
Para a economista do Banco Ourinvest Cristiane Quartaroli, “o mercado de câmbio segue pressionado por conta do mercado externo e preocupação com possíveis novos aumentos de juros nas economias centrais. Contudo, a decisão CMN, ontem, que optou por manter a meta de inflação, pode trazer algum alívio no mercado global”.
Paulo Holland / Agência CMA
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Imagem: Piqsels