A Celeo Redes Brasil levou o lote 6 do leilão de transmissão realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Para tal, a empresa ofereceu uma Receita Anual Permitida de R$ 99,9 milhões, o que resultou em deságio de 48,23% em relação ao preço inicial ofertado, de R$ 192,9 milhões. O investimento estimado é de R$ 1,2 bilhão.
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O lote 6 é composto pela linha de transmissão 500 kV Xingó – Camaçari II, com 714 quilômetros (km) nos estados da Bahia e de Sergipe. A nova linha visa a expandir o sistema de transmissão da Área Sul da Região Nordeste e norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, de modo a corresponder à expectativa de contratação de elevados montantes de energia provenientes de empreendimentos de geração renovável na região, com destaque para as usinas eólicas e solares. O prazo das obras é de 60 meses e é esperada a criação de 2.406 empregos diretos.
O lote recebeu nove lances válidos e posteriormente teve disputa a viva-voz entre a Celeo Redes Brasil S.A., a EDP Energias do Brasil S.A. e o Consórcio Engie Brasil, formado pela Engie Transmissão de Energia Participações II S.A. (99,99%) e Engie Brasil Energia S.A. (0,01%). Participam da fase viva-voz do leilão as proponentes com lances válidos para o lote em disputa cuja diferença no valor oferecido seja de até 5% em relação ao menor valor proposto na fase de lances.
Leilão de Transmissão
O Leilão de Transmissão 1/2023 vai ofertar nove lotes, que preveem a construção de linhas de transmissão e subestações em sete estados. A expectativa é captar R$ 15,7 bilhões em investimentos, a maior soma em números absolutos estimada em um leilão do gênero. A Aneel e o Ministério de Minas e Energia esperam ainda promover a geração de 29,3 mil empregos diretos e 60 mil empregos diretos e indiretos.
Os nove lotes negociados visam a construção, operação e manutenção de 6.184 quilômetros de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 400 megavolt-ampères (MVA).
Os empreendimentos serão construídos na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. O prazo para operação comercial dos empreendimentos varia de 36 a 66 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos.
Emerson Lopes / Agência CMA
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Imagem: Piqsels