A Rialma Administração e Participações arrematou os empreendimentos que compõem o lote 2 do leilão de transmissão, realizado na manhã de hoje pela Aneel. O valor ofertado foi de R$ 347,8 milhões representando um deságio médio de 51,00% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) inicial estabelecida pela Agência de R$ 709,8 milhões.
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A RAP é a receita a que o empreendedor terá direito pela prestação do serviço de transmissão a partir da entrada em operação comercial das instalações. O investimento estimado do lote é o maior deste leilão: R$ 4,35 bilhões.
O Lote 2 demanda a construção de linhas de transmissão com extensão de 1.614 quilômetros (km) nos estados da Bahia e de Minas Gerais. As instalações contribuirão para a expansão do sistema de transmissão da Área Sul da Região Nordeste e norte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo para fazer frente à expectativa de contratação de elevados montantes de energia provenientes de empreendimentos de geração renovável na região com destaque para as usinas eólicas e solares. As obras devem ser concluídas em 66 meses, com estimativa de criação de 7.909 empregos diretos.
O lote teve sete lances válidos e posteriormente contou com disputa a viva-voz entre a Rialma Administração e Participações e o Consórcio Engie Brasil, formado pela Engie Transmissão de Energia Participações II S.A. (99,99%) e Engie Brasil Energia S.A. (0,01%). Participam da fase viva-voz do leilão as proponentes com lances válidos para o lote em disputa cuja diferença no valor oferecido seja de até 5% em relação ao menor valor proposto na fase de lances.
Leilão de Transmissão
O Leilão de Transmissão 1/2023 vai ofertar nove lotes, que preveem a construção de linhas de transmissão e subestações em sete estados. A expectativa é captar R$ 15,7 bilhões em investimentos, a maior soma em números absolutos estimada em um leilão do gênero. A Aneel e o Ministério de Minas e Energia esperam ainda promover a geração de 29,3 mil empregos diretos e 60 mil empregos diretos e indiretos.
Os nove lotes negociados visam a construção, operação e manutenção de 6.184 quilômetros de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 400 megavolt-ampères (MVA).
Os empreendimentos serão construídos na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. O prazo para operação comercial dos empreendimentos varia de 36 a 66 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos.
Emerson Lopes / Agência CMA
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Imagem: Piqsels