No último pregão do mês e do semestre, o Ibovespa futuro opera em alta com os investidores repercutindo a decisão de ontem do Conselho Monetário Nacional (CMN) em manter a meta da inflação em 3% ao ano para 2026.
O CMN mudou o modelo de ano-calendário para sistema contínuo a partir de 2025, o que deve ajudar no movimento de queda da taxa básica de juros (Selic).
Somado a isso, os investidores absorvem os dados da inflação nos Estados Unidos, o índice PCE, acompanhado de perto pelos membros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Nesta semana, em evento em Portugal, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou a preocupação no combate a inflação e que mais apertos monetários podem vir por aí.
O índice de preços de gastos com consumo (PCE, sigla em inglês) subiu 0,1% em maio na comparação com abril. O núcleo do índice PCE registrou alta de 0,3% em maio em base mensal e 4,6% na comparação com maio do ano passado.
Às 9h46 (horário de Brasília) o Ibovespa futuro com vencimento em agosto subia 0,56%, aos 121.390 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias subiam. Na Ásia, a maioria dos índices fechou em alta.
Segundo os analistas da Commcor Corretora, o mercado deve repercutir a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN). “As decisões e a comunicação foram bem vistas pelo mercado, que viram os riscos de alterações nas metas de inflação de curto prazo se afastarem e, consequentemente, as apostas para um corte na Selic já na próxima reunião ganharam ainda mais forças”.
Ainda segundo os analistas, os investidores “vão olhar de perto o deflator PCE, índice predileto dos dirigentes do Fomc para acompanhar os movimentos da inflação”.