O dólar comercial fechou em queda de 0,04%, cotado a R$ 4,8480. A moeda oscilou durante toda a sessão, impactada pelo descontrole inflacionário global.
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O sócio da Ethimos Investimentos Lucas Brigato, “depois de uma eternidade de queda, o dólar vem no seu terceiro dia de alta, refletindo um pouco da dificuldade de controle inflacionário no mundo”.
Brigato entende que o dólar pode chegar a R$ 4,90, mas a tendência ainda é baixista. Contudo, o cenário pode mudar caso a Selic (taxa básica de juros) comece a ser cortada em agosto.
Segundo o boletim da Ajax Asset, “á fora, os juros dos Treasury Bonds (título do Tesouro dos Estados Unidos) sobem após discursos de Powell (presidente do Fed) e Christine Lagarde (presidente do BCE), e as ações avançam com fluxo de notícias corporativas mais positivas da zona do euro. Por aqui, ativos devem acompanhar exterior”.
“Em evento realizado em Sintra, Jerome Powell destacou que a política do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ainda não é restritiva o suficiente e que ainda não ficou no campo restritivo o tempo necessário para conter a inflação. Powell também não descartou a possibilidade retornar com aumentos consecutivos dos juros, e reforçou que o núcleo só atingirá o patamar de 2,0% em 2025. Já Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), também afirmou que o aumento dos juros em julho é altamente provável, mas deixou em aberto nova elevação em setembro. Para Lagarde, o BCE ainda tem um longo caminho a percorrer e uma pausa não está em seus planos a não ser que tenha evidências de estabilização da inflação subjacente”, contextualizou a Ajax.
Paulo Holland / Agência CMA
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