O dólar abriu em queda, e opera próximo à estabilidade. O cenário de incertezas sobre um novo ciclo de aumento de juros, em alguns dos principais bancos centrais de economias desenvolvidas, pressiona o mercado, gerando cautela.
De acordo com o boletim da Ajax Asset, “á fora, os juros dos Treasury Bonds (título do Tesouro dos Estados Unidos) sobem após discursos de Powell (presidente do Fed) e Christine Lagarde (presidente do BCE), e as ações avançam com fluxo de notícias corporativas mais positivas da zona do euro. Por aqui, ativos devem acompanhar exterior”.
“Em evento realizado em Sintra, Jerome Powell destacou que a política do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ainda não é restritiva o suficiente e que ainda não ficou no campo restritivo o tempo necessário para conter a inflação. Powell também não descartou a possibilidade retornar com aumentos consecutivos dos juros, e reforçou que o núcleo só atingirá o patamar de 2,0% em 2025. Já Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), também afirmou que o aumento dos juros em julho é altamente provável, mas deixou em aberto nova elevação em setembro. Para Lagarde, o BCE ainda tem um longo caminho a percorrer e uma pausa não está em seus planos a não ser que tenha evidências de estabilização da inflação subjacente, contextualizou a Ajax.
Por volta das 9h45 (horário de Brasília), o dólar comercial operava estável, cotado a R$ 4,8500 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de
2023 recuava 0,01%, cotado a R$ 4.854,00.