O encerramento do pregão desta sessão marcou um cenário predominantemente negativo nas bolsas de Nova York. O índice Nasdaq, em particular, sofreu uma queda acima de 1%, com empresas de tecnologia liderando os recuos do mercado. Este declínio foi impulsionado por perspectivas cautelosas em relação aos cortes de taxas pelo Federal Reserve (Fed), ocasionando um aumento nos juros dos Treasuries e exercendo pressão sobre o mercado acionário como um todo. Adicionalmente, a desvalorização das ações da Apple, motivada por avaliações negativas sobre os papéis da empresa, impactou diretamente os índices.
Fechamento do mercado
- O índice Dow Jones fechou em alta de 0,07%, atingindo 37.715,04 pontos.
- O S&P 500 registrou queda de 0,57%, encerrando a 4.742,83 pontos.
- O Nasdaq recuou 1,63%, fechando a 14.765,94 pontos.
Perspectivas do Federal Reserve
A possibilidade de manutenção da taxa básica pelo Fed ao término deste primeiro trimestre apresentou um avanço de 10 pontos percentuais, atingindo 21,4%, segundo o monitoramento do CME Group. Especialistas da Navellier destacam o atual consenso em torno de um pouso suave na economia, contrastando com as expectativas do ano anterior, quando se previa ao menos uma recessão moderada. A consultoria ressalta a necessidade de observar as tendências para 2024, mas reforça que a implementação da inteligência artificial e as expectativas de flexibilização do Fed podem impulsionar o mercado em direção a uma alta, desde que a perspectiva de um pouso suave se mantenha.
Mercado de ações
A Apple sofreu uma queda de 3,77% após o Barclays reduzir sua recomendação para a empresa, passando de “equal weight” (em linha com a média do mercado) para “undenweight” (abaixo da média do mercado). A revisão citou a fragilidade nas vendas do iPhone e dos computadores Mac, acompanhada de uma leve redução no preço-alvo, de US$ 161 para US$ 160.
A Rivian, montadora de veículos elétricos (EV), experimentou uma queda de 10,06% após reportar uma diminuição nas entregas do quarto trimestre de 2023. A Tesla (-0,20%) também recuou, após ficar atrás da montadora chinesa BYD em termos de veículos elétricos entregues no mesmo período.
Por outro lado, as ações da Moderna registraram um aumento de 13,12% após uma melhoria na perspectiva da empresa por analistas da Oppenheimer, que elevaram o preço-alvo para US$ 142. Essa valorização possibilitou uma recuperação significativa após a queda de 45% ao longo do ano passado. Apesar da redução nas vendas de vacinas contra a covid-19, a Oppenheimer destaca pontos fortes ainda presentes na Moderna.
Com informações do Broadcast
Imagem: Piqsels