A ata do Copom trouxe detalhes importantes em relação ao comunicado divulgado na última quarta-feira (21), abrindo espaço para início do processo de corte de juros na próxima reunião. A avaliação é do Bradesco.
A ata reconheceu melhoras nos preços externos, no quadro de inflação doméstica – no atacado e no varejo -, no fiscal e prevê alguma desaceleração da economia. O Copom elevou o juro neutro em seus modelos, de 4,0% para 4,5%, sem essa mudança, o modelo do BC mostraria níveis mais baixos de inflação para 2024 e 2025.
“Uma novidade importante da ata foi que, na avaliação predominante do grupo, havendo continuidade de melhora da inflação e das expectativas, é provável que se ganhe confiança para uma flexibilização ‘parcimoniosa’ dos juros já na próxima reunião. Uma parte minoritária do Copom ainda prefere aguardar mais tempo e enxergar desinflação mais consistente nos itens mais sensíveis aos juros”, destaca o relatório do Bradesco.
Apesar de sinalizar essa flexibilização, o Copom concordou, unanimemente, que uma flexibilização prematura – enquanto não houver confiança no processo de desinflação – é indesejável. Dessa forma, o ciclo de corte deve ser gradual. “Nossa avaliação: com esse comunicado, acreditamos em um primeiro corte de juros em agosto, de 0,25p.p. “, disse o documento.
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