O Ibovespa futuro opera em alta repercutindo a ata da última reunião dos dias 20 e 21 do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada esta manhã.
Os membros mostraram divergência em relação ao corte de juros; uma parte do colegiado apontou que era plausível a redução da taxa e outra defendeu que deveria ser mais cauteloso.
Somado a isso, os investidores também reagem à divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA15) em junho, prévia da inflação, que subiu 0,04% e desacelerou frente ao mês anterior (+0,51%).
No âmbito internacional, os investidores acompanham o Fórum Anual dos Bancos Centrais, em Sintra, em Portugal, e as novas sinalizações de estímulos da China para aumentar a demanda doméstica.
Às 09h37 (horário de Brasília) o Ibovespa futuro com vencimento em agosto subia 1,14%, aos 121.320 pontos. Os futuros norte-americanos operavam mistos e as bolsas europeias caíam. Na Ásia, os índices fecharam mistos.
Os analistas da Commor Corretora disseram, em relatório, que os investidores devem repercutir ao longo do dia a ata do Copom. “Os dirigentes mostraram divergência em relação aos próximos passos da política monetária. O documento apontou que a autarquia entende como adequada a estratégia de manutenção por um período prolongado (visão unânime), salientando que o processo de desinflação ocorre de forma devagar e reafirmando que a conjuntura requer ‘parcimônia e cautela’. Apesar de uma visão consensual de prematuridade de redução de juros neste momento, houve divergência sobre a sinalização dos próximos passos. Um dos grupos defendeu que ‘a continuação do processo desinflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar o processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião. Essa sinalização do Copom é novidade; o IPCA-15 deve ajudar a balizar as projeções para os juros”.