A Petrobras (PETR3; PETR4) comunicou hoje à Vibra (VBBR3) que não pretende renovar a licença de marcas para a distribuidora. O contrato atual, permitindo o uso das marcas Petrobras e BR, encerra-se em junho de 2029, marcando um possível retorno da estatal ao setor de distribuição de combustíveis.
O contrato atual permitia à Vibra utilizar as marcas Petrobras e BR em seus pontos de gasolina. A não renovação da licença possibilitará à Petrobras avaliar novas estratégias de gestão de marca e oportunidades de negócios.
Analistas consideram a notícia negativa, mas esperada. A Vibra terá seis anos de transição após o encerramento do contrato. A expectativa é que o mercado reaja moderadamente, sem grande impacto nas ações das empresas.
A Vibra Energia destaca que essa não renovação não afeta sua estratégia em relação a revendedores e clientes, pois já estava prevista em seus planos de médio e longo prazo.
As ações da Petrobras (#PETR3; #PETR4) operam em queda nesta quarta-feira (10), acompanhando os contratos futuros de petróleo brent. As ações da Vibra (#VBBR3), têm leve alta.
O que pensam as casas de investimento?
Analistas de mercado reagiram à notícia. O JPMorgan, que classifica a Vibra como preferida no setor, mantém a recomendação de overweight. Por outro lado, o Goldman Sachs vê a decisão como ligeiramente negativa para a Petrobras, indicando possível interesse da estatal em retornar ao negócio de distribuição de combustíveis. O Bradesco BBI destaca que a Vibra deixará de pagar royalties para a Petrobras, mas manterá suas marcas próprias, como Lubrax e BR Mania.
A não renovação do contrato sugere uma reavaliação estratégica por parte da Petrobras, com potencial impacto na alocação de capital e no fluxo de caixa disponível para dividendos. A Petrobras, avaliada pelo Goldman Sachs com metas de preço baseadas na relação EV/Ebitda, e a Vibra, com múltiplo EV/Ebitda atrativo, são vistas sob diferentes perspectivas após o anúncio.