As bolsas europeias encerraram o pregão em baixa, influenciadas pela surpreendente aceleração da taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos em dezembro. O impacto dessa notícia abalou a convicção dos investidores sobre um possível ciclo de alívio monetário intenso promovido pelo Federal Reserve (Fed). Essa incerteza reverberou nos mercados acionários europeus, revertendo os ganhos iniciais da manhã.
Economista-chefe do Citi na Europa alerta para resistência inesperada das taxas de inflação
Em uma conferência realizada hoje (11), o economista-chefe do Citi na Europa, Arnaud Marès, destacou que, embora as taxas de inflação estejam em queda, mostraram-se mais resistentes do que o imaginado. Ele alertou para a possibilidade de um choque de oferta causado por conflitos geopolíticos, que podem prejudicar os planos de cortes de juros do Banco Central Europeu (BCE) e de outros bancos centrais no primeiro semestre deste ano.
Setor bancário lidera as perdas em Londres
Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou na mínima intradiária, com queda de 0,98%, aos 7.576,59 pontos. O setor bancário na região acompanhou as pressões sobre papéis similares em Wall Street, com o Barclays perdendo 4,77% e o Lloyds caindo 3,77%.
As ações da M&S cederam 5,51% devido a desafios de curto prazo, apesar do desempenho robusto de vendas na temporada natalina. Em contrapartida, a Whitbread subiu 2,28%, impulsionada pelo crescimento de 9% nas vendas no terceiro trimestre, respaldando projeções para o ano fiscal de 2024.
Perdas em Madri e acusações à Grifols
Em Madri, o índice Ibex 35 recuou 0,62%, aos 10.004,90 pontos. As ações da Grifols derreteram 16,17%, estendendo as perdas após a acusação do fundo de hedge Gotham City de manipulação de dados contábeis para ocultar dívida. A empresa anunciou medidas legais contra a Gotham City.