Na última semana, uma reunião com o CFO Luiz Garcia proporcionou insights valiosos sobre as perspectivas da Tenda (#TEND3), após a divulgação de seu guidance e resultados operacionais do 4T. Destaques incluem a recuperação das margens no negócio on-site, desafios temporários com Alea, expectativas de crescimento do Programa Pode Entrar, e a implementação do RET 1 FGTS Futuro.
Impacto no Lucro por Ação (LPA)
A incorporação do guidance no modelo do BTG Pactual resultou em um significativo corte no Lucro por Ação (LPA), principalmente devido à redução na margem bruta nas operações on-site e despesas SG&A acima do esperado, especialmente na Alea. Com uma alavancagem ainda considerável (dívida líquida/VP de 56%), o LPA foi reduzido em 53% para 2024 e 19% para 2025.
Desafios e Queda nas Ações
As ações da Tenda já caíram 32% no acumulado do ano, refletindo a falta de confiança do mercado, em grande parte antecipando o guidance. As expectativas quanto à melhoria da lucratividade foram frustradas, contribuindo para a desconfiança, uma vez que a Tenda enfrenta desafios em conquistar credibilidade junto aos investidores.
Recomendação de Compra Mantida
Apesar das incertezas, o BTG Pactual optou por manter a recomendação de Compra para Tenda (TEND3) com base em diversos fatores. Destacam-se o desempenho positivo do segmento MCMV, a realidade da recuperação (mesmo que mais lenta que o esperado), a atratividade do valuation em 3,5x P/L 2025E, e a presença de oportunidades que podem impulsionar o LPA em 2025. O preço-alvo foi definido em R$ 18/ação, indicando um potencial de valorização de 78%.