O dólar comercial opera em alta, recuperando parte das perdas acumuladas ao longo da semana. O clima de aversão ao risco no exterior e os reflexos do tom duro adotado pelo Banco Central no comunicado ao anunciar a Selic são os fatores que sustentam o movimento de correção da moeda americana.
Sem uma sinalização nítida sobre o futuro da política monetária, o mercado aguarda por mais detalhes na ata da reunião do Copom – Comitê de Política Monetária -, que será divulgada na terça. “Mercado agora aguarda a ata do Copom, na próxima terça-feira. Dúvida é saber se a Selic começa a ser reduzida em agosto ou apenas em setembro (e em que intensidade). Mercado considera que nada muda e o ciclo de corte de juros deve acontecer”, explica a Mirae Asset, em boletim.
No exterior, os PMIs decepcionantes na Europa e no Japão e a promessa de juros altos dos Bancos Centrais elevam os temores com relação à uma recessão global adiante, resultando em maior aversão ao risco e queda das bolsas internacionais, com as ações de tecnologia caindo mesmo diante de menores taxas de juros, com as taxas europeias caindo mais de 10 pontos hoje. “Dólar opera com fortes ganhos e commodities têm sessão bastante negativa. Por aqui, em dia de agenda vazia, o mercado deve digerir a proposta de reforma tributária, de olho na reação de NY aos PMIs”, acrescenta a Nova Futura Investimentos, em relatório.
Por volta das 9h35 (horário de Brasília), o dólar comercial avançava 0,54%, cotado a R$ 4,797 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de
2023 subia 0,55%, cotado a R$ 4.805,500.
Dylan Della Pasqua / Agência CMA
Imagem: Domínio Público