As bolsas europeias registraram seu terceiro dia consecutivo de queda, influenciadas pelo mercado de Londres, que liderou o movimento. O motivo foi o dado da inflação ao consumidor no Reino Unido, que superou as expectativas. Essa surpresa reduziu a probabilidade de um corte na taxa de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE) em maio. A notícia reforça um cenário de redução das expectativas de flexibilização monetária em economias desenvolvidas, penalizando os mercados de renda variável.
Impacto em Londres
Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 cedeu 1,48%, encerrando aos 7.446,29 pontos. Os dados de inflação mais fortes do que o esperado para dezembro elevaram a probabilidade de um corte nas taxas de juros em maio para cerca de 56%, com uma redução de 14 pontos-base. Os mercados também ajustaram as expectativas para o ano, agora precificando menos cortes nas taxas do BoE, com a expectativa caindo para quatro cortes até o final do ano.
Empresas ligadas a commodities enfrentaram perdas significativas. A Glencore perdeu 4,33%, a Anglo American caiu 2,19%, e a Antofagasta teve uma queda de 1,94%. A varejista online de alimentos Ocado liderou as perdas percentuais, com uma correção de 5,96% após um forte aumento recente.
Cenário em outras bolsas
Em Paris, o CAC 40 perdeu 1,07%, destacando a queda de 3,51% nas ações da Kering, especializada em produtos de luxo. O DAX, de Frankfurt, terminou em baixa de 0,84%, o Ibex 35, de Madri, recuou 1,28%, o PSI 20, de Lisboa, caiu 1,44%, e o FTSE MIB, de Milão, computou baixa de 0,79%.
Com informações do Broadcast