O Ibovespa futuro opera em queda reagindo ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) mais duro que o mercado esperava e pode-se ver ajustes na sessão de hoje.
Somado a isso, acompanham mais um dia de sabatina do presidente do Fed, Jerome Powell no Senado dos EUA.
Ontem, o colegiado decidiu em manter inalterada a taxa básica de juros (SELIC) em 13,75% ao ano (aa) maior patamar em seis anos, mas a comunicação foi mais dura que parte do mercado e o governo esperava. O colegiado não deu sinais de que a Selic pode ser reduzida já nas próximas reuniões e frustrou os agentes financeiros.
Por aqui, no Senado aprovou o arcabouço fiscal no plenário e, com as mudanças, o texto volta para a Câmara dos Deputados para votação. O parecer final deve ser em julho.
Nos Estados Unidos, ontem em participação na Câmara dos Representantes, Powell voltou a indicar novar altas nas taxas de juros naquele país. Ainda hoje, o mercado observa os dados de seguro-desemprego semanal que se mantiveram em 264 mil. O mercado esperava de 256 mil vagas.
Às 09h38 (horário de Brasília) o Ibovespa futuro com vencimento em agosto caía 0,74%, aos 121.825 pontos. Os futuros norte-americanos e as bolsas europeias operavam em queda. Na Ásia, os
índices fecharam mistos.
Bruno Komura, analista da Ouro Preto Investimentos, disse que os mercados não devem reagir bem ao comunicado do Copom que veio mais duro do que o esperado. “O índice futuro está caindo e esse movimento pode se intensificar ao longo do dia; houve a retirada da menção ao cenário alternativo e sobre a possibilidade de alta, mas não teve uma abertura para uma possível queda dos juros nas próximas reuniões; o Copom parece que se fixou na expectativa de inflação para 2025”.
Komura reforçou que “o clima entre o BC e outros agentes (Congresso, governo e empresários) pode piorar”.