O dólar comercial opera em baixa, em um início de quinta de muita volatilidade e com cotação perto da estabilidade. O mercado acompanha de perto o cenário externo, em um dia negativo, e tenta absorver a decisão de ontem do Comitê de Política Monetária (Copom), que, sem surpresas, manteve a Selic em 13,75% ao ano.
Segundo boletim da Mirae Asset, o Copom surpreendeu ao não indicar quando começará a reduzir a Selic, decepcionando o mercado. As expectativas se voltam para a ata que será divulgada na próxima terça e se ela explicará esse movimento do BC. “Foi um anticlímax. BCB foi econômico e conservador no seu comunicado. Não falou, claramente, em melhora da inflação, reconhecida recentemente, e continuou vinculando a ‘cautela, parcimônia, paciência e serenidade’ ao ‘lento processo desinflacionário’ e ‘às expectativas de longo prazo desancoradas'”, resume o boletim.
No exterior, há preocupação com a economia chinesa e o mercado também tenta decifrar o discurso de ontem do presidente do Fed, Jerome Powell. Hoje Powell deve repetir seu pronunciamento no Senado. O Banco da Inglaterra elevou a sua taxa básica em 0,50 ponto percentual.
Em âmbito doméstico, o Senado aprovou ontem o novo marco fiscal, com alterações. O texto volta à Câmara e deve ser votado no início de julho.
Por volta das 9h35 (horário de Brasília), o dólar comercial recuava 0,25%, cotado a R$ 4,756 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de 2023
avançava 0,12%, cotado a R$ 4.777,000.
Dylan Della Pasqua / Agência CMA
Imagem: Domínio Público