O dólar comercial fechou a R$ 4,797 para venda, com valorização de 0,43%. Às 17h05min, o dólar futuro para julho tinha alta de 0,2% a R$ 4.800,000. A alta seguiu a sinalização externa, com o mercado reagindo à decisão de política monetária na China e a novos dados sobre a economia americana. Internamente, os investidores aguardam a decisão de amanhã sobre o futuro da taxa Selic.
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O mercado espera a manutenção da taxa básica em 13,75% ao ano. As atenções se voltam ao comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) e as sinalizações de quando vai iniciar o ciclo de corte na Selic.
Na China, a taxa de juros de um ano passou para 3,55% e a de longo prazo, de cinco anos, ficou em 4,20%. A decisão foi tomada ontem à noite pelo Banco Popular da China (BPoC). Na semana passada, o banco central chinês já tinha reduzido as taxas de curto prazo para estimular a economia e surpreendeu o mercado.
Apesar da alta de hoje, o movimento é positivo de fortalecimento do real. Ontem, o banco norte-americano Goldman Sachs revisou as expectativas para o câmbio e estimou o dólar em R$ 4,40 no final do ano.
Josian Teixeira, diretor e gestor de recursos da Lifetime Asset Management, disse que o dólar foi influenciado pelas commodities, após o corte de juros na China. “Como o Brasil é um país exportador de commodities, quando existe realização nos preços das commodities por sua vez tem a desvalorização do real; o dado da China decepcionou, puxou as commodities e o real desvalorizou. Os dados de novas moradias nos EUA saíram mais fortes-subiram 21,7% em maio ante abril e o mercado previa queda de 0,8%- e também fortalece a moeda; no cenário doméstico, é dia de ajustes de preços e mercado aguarda o Copom”.
Dylan Della Pasqua e Soraia Budaibes / Agência CMA
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