As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) seguem em alta, em movimento de correção, recuperando perdas da semana. Mais cedo foi divulgado o índice de atividade econômica brasileira, que veio acima do esperado pelo consenso – subiu 0,56% em abril, frente à expectativa de +0,40%. O ganho foi de 3,31% na comparação com o mesmo mês de 2022. O Termômetro CMA apostava em alta de +0,40% em abril ante março. Já na comparação com abril de 2022, o aumento esperado era de 2,90%.
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Para o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, o consenso contra o Banco Central está impactando os rumos da política econômica do Brasil. “Para além de cobranças naturais de desempenho, ordenamento e subordinação, houve também um consenso contra o Banco Central”, diz a análise referindo-se à reunião ministerial em que estiveram presentes 35 ministros.
“A tentativa de politização da autoridade monetária é recorrente e, na nossa avaliação, tem efeito contrário ao pretendido pelo executivo (reduzir os juros)”, avalia.
“Politizar o órgão técnico traz consigo uma perspectiva de que quando houver oportunidade fatores discricionários serão adicionados ao colegiado, esfacelando a credibilidade da autoridade monetária. Chegou-se ao ponto de os deputados buscarem uma cadeira junto à decisão do comitê de política monetária, o que delicadamente classificamos como incompatível.”
Por volta das 12h50 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,040% de 13,025% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 11,200% de 11,185%, o DI para janeiro de 2026 ia a 10,600%, de 10,555%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,635% de 10,566% na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a 4,8270 para venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
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