Os principais índices do mercado de ações europeu fecharam o pregão desta sexta-feira em queda, com os investidores cautelosos antes da reunião do Banco Central Europeu (BCE). Além disso, a última rodada de dados econômicos reacendeu os temores sobre a saúde da economia global, contribuindo para a fuga dos ativos de risco.
- Receba primeiro as notícias e análises que vão impactar o mercado. Assine o exclusivo Monitor do Mercado Real Time. Recomendações de investimento e informações, minuto a minuto, direto no seu celular. Clique aqui para conhecer.
Os mercados globais encerram a semana atentos às próximas decisões sobre as taxas de juros não só do BCE, mas como do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Com as reuniões de ambas as instituições marcadas para a semana que vem, os mercados estão precificando uma pausa nos aumentos pelo Fed e uma elevação de 0,25 ponto percentual (pp) pelo BCE.
Na última segunda-feira, a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmou que ainda é cedo para apontar um pico na inflação. A maioria dos economistas espera outro aumento de 0,25 pp em julho, apesar da recessão enfrentada pela zona do euro atualmente.
Números revisados divulgados ontem pela Eurostat revelaram uma queda de 0,1% no Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o trimestre anterior. A leitura preliminar indicava um crescimento de 0,1%. Além disso, o PIB do quarto trimestre de 2022 também foi revisado negativamente, mostrando uma queda de 0,1% em vez da projeção anterior de estagnação.
“A visão geral é de que o pior já passou e que o crescimento irá se acelerar, presumivelmente em parte devido à grande queda nos preços do gás. Em contraste, prevemos que a recessão continuará. Acreditamos que o impulso gerado pela energia mais barata será em parte compensado pela política fiscal mais rígida, à medida que os governos reduzem seu apoio durante a ‘crise do custo de vida’. E o impacto total do aperto monetário do BCE ainda está por ser sentido”, diz Andrew Kenningham, economista-chefe da Capital Economics.
Enquanto isso, dados desta sexta-feira revelaram que a inflação ao consumidor na China desacelerou em maio em relação ao mês anterior. Além disso, a inflação nos portões das fábricas teve a queda mais rápida dos últimos sete anos. Os resultados levantaram temores sobre o esfriamento da recuperação econômica da China – a segunda maior potência global e um mercado de exportação vital para muitas empresas europeias.
Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices europeus no fechamento:
FTSE-100 (Londres): -0,49%, 7.562,36 pontos
DAX-30 (Frankfurt): -0,25%, 15.949,84 pontos
CAC-40 (Paris): -0,12%, 7.213,14 pontos
FTSE MIB (Milão): -0,41%, 27.162,0 pontos
IBEX-35 (Madri): -0,31%, 9.309,70 pontos
SMI-20 (Zurique): -0,53%, 11.248,70 pontos
PSI-20 (Lisboa): +0,22%, 5.966,71 pontos
Confira abaixo a variação dos índices europeus na semana:
FTSE-100 (Londres): -0,59%
DAX-30 (Frankfurt): -0,63%
CAC-40 (Paris): -0,79%
FTSE MIB (Milão): +0,35%
IBEX-35 (Madri): -0,08%
SMI-20 (Zurique): -1,67%
PSI-20 (Lisboa): +1,10%
Larissa Bernardes / Agência CMA
Copyright 2023 – Grupo CMA
Imagem: Piqsels
