Após variações ao longo do dia, o dólar encerrou em alta nesta quinta-feira (29), subindo 0,06%, cotado a R$ 4,9725. Pela manhã, subiu em oposição à tendência global de baixa, aproximando-se dos R$ 5, atingindo a máxima de R$ 4,9980.
Ptax de fevereiro e expectativas do Fed
O mercado foi influenciado pela disputa pela formação da última Ptax de fevereiro, mantendo a taxa de câmbio volátil. Enquanto isso, o índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos EUA ficou em linha com as expectativas, não alterando a perspectiva de que o Federal Reserve aguarde até junho para cortar os juros.
Real sofre
A moeda brasileira foi afetada pela saída de recursos estrangeiros em fevereiro. O Banco Central relatou um fluxo cambial negativo de US$ 2,317 bilhões até o dia 23, com saídas líquidas de US$ 4,231 bilhões pelo canal financeiro. No ano, o saldo cambial ainda é positivo, de US$ 2,886 bilhões, devido à entrada líquida de US$ 6,543 bilhões via comércio exterior.
Análise de especialista
O economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, destaca que o mercado tem sido influenciado principalmente pela incerteza em torno da política monetária dos EUA. O dólar iniciou o ano em alta devido ao realinhamento de preços de ativos após indicadores econômicos dos EUA não confirmarem expectativas de um corte inicial de juros pelo Fed neste trimestre.
Perspectivas e tendências futuras
Apesar das oscilações recentes, a visão predominante é de um possível corte de juros pelo Fed neste ano, o que pode influenciar positivamente os mercados e refletir na taxa de câmbio. Entretanto, a falta de clareza sobre os movimentos do Fed mantém a moeda acima de R$ 4,90.