As bolsas de Nova York encerraram a semana em alta nesta sexta-feira, impulsionadas pela onda de otimismo com a aplicação da inteligência artificial, mantendo o fôlego dos índices em território positivo. O destaque ficou por conta do Nasdaq, que atingiu uma máxima histórica, superando seu recorde anterior de 2021, enquanto o S&P 500 também terminou acima da marca inédita de 5.100 pontos.
Ação da Dell Technologies dispara após resultados positivos
A ação da Dell Technologies teve um salto significativo, valorizando-se em 31,53% na Bolsa de Nova York, após a fabricante de computadores e servidores superar as previsões de lucro e receita em seu último balanço trimestral. Com uma receita de US$ 22,3 bilhões, embora registrando uma queda de 11% em relação ao ano anterior, os números ficaram dentro da projeção da empresa e superaram o consenso dos analistas monitorado pela FactSet.
O resultado positivo da Dell motivou algumas instituições financeiras a elevarem o preço-alvo para o papel. No Wells Fargo, o alvo passou de US$ 85,00 para US$ 140, e no Morgan Stanley, de US$ 100 para US$ 128,00. Este movimento pode indicar um potencial aumento de interesse dos investidores no setor de tecnologia, especialmente em empresas que apresentem bons resultados financeiros.
Outros destaques do mercado
Além da Dell, outros destaques do mercado incluíram a empresa de processadores Nvidia, que avançou 4% nesta sexta-feira, e a Meta, que teve um ganho de 2,49%. A Spirit AeroSystems, fornecedora de fuselagem para os jatos 737 Max da Boeing, também teve uma alta significativa de 15,45%, impulsionada por notícias de possíveis negociações de aquisição pela Boeing, conforme reportado pelo The Wall Street Journal.
Indicadores macroeconômicos e relatório do Fed
Por outro lado, os investimentos em construção nos Estados Unidos caíram 0,2% em janeiro, enquanto o PMI industrial medido pelo ISM recuou para 47,8 em fevereiro, abaixo das expectativas. O sentimento do consumidor também piorou, refletindo uma leitura final de 76,9 em fevereiro, de acordo com a Universidade de Michigan. Enquanto isso, o Federal Reserve reafirmou em seu relatório de política monetária que não considera apropriado cortar juros antes de uma maior confiança na desinflação, destacando também os riscos geopolíticos como um fator importante que poderia ampliar as pressões inflacionárias.