Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que suspende o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões do governo federal em troca de cortes de gastos. Agora, o projeto será discutido no Senado. Com isso, os EUA podem ampliar seu endividamento e, assim, conseguir pagar seus credores.
O acordo sobre o teto da dívida, costurado pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o líder da Câmara, Kevin McCarthy, vai suspender o limite de endividamento por dois anos. Os gastos com prioridades domésticas defendidas pelos democratas seriam reduzidos, enquanto os gastos militares aumentariam cerca de 3%.
Ontem foi divulgado o relatório Jolts sobre o mercado de trabalho nos EUA. O país registrou 10,103 milhões de postos de trabalho abertos no último dia útil de abril, uma alta em relação aos 9,745 milhões registrados um mês antes. Houve 6,115 milhões de contratações em abril, ante as 6,066 milhões feitas em março. Já as demissões chegaram a 5,708 milhões, após as 5,994 milhões registrados em março.
Nesta semana ainda saem outros dois importantes dados sobre emprego também serão conhecidos: payroll, amanhã, e a pesquisa ADP, hoje, com números de contratações do setor privado, excluindo o setor rural.
Com os dados em mãos, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) vai analisar se a política de aumentos dos juros stá surtindo efeito no mercado de trabalho. Analistas acreditam que o Fed pode parar a atual escalada dos juros na próxima reunião, em 14 de junho.
Por aqui, o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre foi divulgado pelo IBGE, a alta foi de 1,9%. Se comparado ao mesmo período do ano anterior, a guinada foi de 4%. Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 2,6 trilhões nesses primeiros três meses. Um dos principais setores que favoreceu o bom resultado foi a agropecuária, que obteve uma alta de 21,6%, a maior desde 1996.
Os dados vieram acima das expectativas do Termômetro CMA, o qual previa alta de 1,2%.
Em Brasília, a Câmara dos Deputados aprovou na madrugada de hoje a medida provisória que reestrutura os ministérios do Poder Executivo. A MP 1154/23 será votada ainda nesta quinta pelo Senado. A MP fixa o número de ministérios em 31, além de 6 órgãos com status de ministério, em um total de 37 ministros. O texto segue agora para o Senado.
No setor corporativo, a Petrobras informou hoje que seu Conselho de Administração aprovou a revisão dos elementos estratégicos para o Plano Estratégico 2024-2028 (PE 2024-28), bem como o direcionador de capex de baixo carbono para a faixa entre 6% e 15% do capex total para os cinco primeiros anos do novo Plano, em observância às práticas de governança vigentes, ao compromisso com a geração de valor e à sustentabilidade financeira de longo prazo.
A Vale informou que chegou, em conjunto com BHP Billiton Brasil, Samarco Mineração e determinados credores que detêm mais de 50% dos títulos de dívida e dívidas bancárias sem cobertura da Samarco, a um acordo vinculante, que estabelece os parâmetros da reestruturação da dívida da Samarco a ser implementada por meio de um plano de reestruturação consensual, sujeito à aprovação da maioria dos credores e à homologação do Juízo da Recuperação Judicial (RJ).
A Telefônica Brasil (dona da Vivo) informou que ocorreram aquisições de ações mantidas em tesouraria no âmbito do seu programa de recompra de ações e, assim, o valor unitário por ação referente aos juros sobre capital próprio (JCP) deliberado pelo Conselho de Administração em 15 de maio foi alterado para R$ 0,16386448053, de R$ 0,16369330309.
A Petrobras iniciou hoje a produção da plataforma, do tipo FPSO, Almirante Barroso, no campo de Búzios, com capacidade de produzir diariamente até 150 mil barris de óleo e 6 milhões de metros cúbicos (m3) de gás. O FPSO Almirante Barroso contribuirá para a produção de óleo do campo de Búzios, cuja média atual é de 560 mil barris por dia, o equivalente a cerca de 17% da produção nacional.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou, em audiência pública na Câmara dos Deputados, que o órgão terá que ser rigoroso ao avaliar o recurso apresentado pela Petrobras para obter licença para explorar petróleo na Margem Equatorial. “Nós temos uma área sensível, uma área que tem pesca, com grande biodiversidade, com três unidades de conservação, com terras indígenas”, disse. A estatal submeteu um novo pedido ao Ibama após o órgão negar a concessão de licença ambiental para a empresa prospectar petróleo perto da foz do Rio Amazonas.
Na audiência, Daniele Lomba, gerente de Sustentabilidade e Meio Ambiente da Petrobras, disse que a intenção da estatal é buscar o diálogo e tem atendido tempestivamente todas as demandas do Ibama, implantando uma estrutura de resposta à emergência “condizente com a atividade” que quer fazer na região.
A Americanas, em recuperação judicial, informou que os trabalhos de revisão e avaliação, pela companhia e pelos seus assessores e auditores independentes, dos efeitos das inconsistências em lançamentos contábeis redutores da conta de fornecedores nas demonstrações financeiras relativas aos exercícios já encerrados, incluindo o exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2022, continuam em curso e que, embora não seja possível determinar com segurança a data de entrega, a melhor estimativa é de poder divulgar tais informações até o dia 31 de agosto.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), divulgou a data do primeiro Leilão de Transmissão nº 1/2023. Previsto para o dia 30 de junho, o certame já conta com expectativa de R$ 15,7 bilhões em investimentos e deve negociar nove lotes.
O governo federal informou aos deputados da Comissão de Minas e Energia da Câmara nesta quarta-feira (31) que a renegociação de parte do acordo de Itaipu com o Paraguai deve começar a partir de 13 de agosto, mas não tem prazo para acabar. O novo acordo deve ser acertado entre os governos dos dois países e confirmado pelos legislativos.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participa, nesta quinta-feira (1), às 13h30, em João Pessoa/PB, do evento Reflexões sobre o futuro das cidades, promovido pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP).
Emerson Lopes / Agência CMA
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