Os títulos isentos de impostos no Brasil estão em ascensão, representando uma fatia significativa dos investimentos. De acordo com dados recentes, esses títulos atingiram a marca de R$ 1,1 trilhão no final de 2023, representando cerca de 19,2% de todos os investimentos no segmento private e varejo. Esse crescimento expressivo, que ultrapassou os 10,2% registrados no final de 2019, destaca a crescente preferência dos investidores por essa categoria de investimento.
Atratividade dos títulos isentos de impostos
Os títulos isentos de impostos, como Letras de Crédito do Agronegócio e Imobiliário (LCAs/LCIs), Letras de Garantia Imobiliária (LIGs) e Certificados de Recebíveis do Agronegócio e Imobiliário (CRAs/CRIs), têm se destacado pela sua atratividade junto aos investidores. Esses instrumentos oferecem uma estrutura fiscal favorável, o que os torna especialmente atrativos para investidores de varejo e private. Vale ressaltar que as LCAs e LCIs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até o limite de R$ 250 mil, proporcionando uma camada adicional de segurança aos investidores.
Alterações regulatórias
Recentemente, o Conselho Monetário do Brasil (CMN) introduziu mudanças nas regras de elegibilidade para a emissão de títulos de dívida incentivados. Essas alterações têm o potencial de limitar o mercado de investimentos isentos de impostos. Com as novas regulamentações, espera-se que a oferta de produtos incentivados seja reduzida, uma vez que haverá restrições na elegibilidade das garantias para novas emissões. Isso pode afetar especialmente os investimentos em CRIs/CRAs e LCIs/LIGs.