As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecharam mistas, ainda repercutindo segurança fiscal e deflação mostrada pelo IGP-M, além disso, dados sobre emprego nos Estados Unidos divulgados hoje mostram que a economia está aquecida e pode abrir espaço para uma nova alta de juros por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Ainda pesam sobre as taxas o recuo das commodities, especialmente do petróleo.
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Wagner Varejão, especialista da Valor Investimentos, acredita que os juros estão vivendo uma queda estrutural, para além do tímido recuo de hoje. “O movimento de hoje foi tímido, 5bps é pouca coisa. Mas tem um estrutural, de uns meses pra cá. Vem sendo nesse sentido: inflação mais fraca, vários índices mostrando isso, e a melhora na perspectiva do fiscal com o arcabouço. Isso acabou impulsionando um pouco para para fechar essa curva.” Segundo ele, apesar de o projeto ter sido aprovado na última semana, ainda faz preço. “Acabou saindo um texto ali que, enfim, não é excelente, mas acaba sendo melhor do que o mercado estava aguardando”, pondera.
“O IPCA-15 de maio veio bastante abaixo do esperado, com uma composição muito boa, uma alta bem disseminada – não foi focada em nenhum grupo específico. Teve IGP-M no final da semana passada, que também veio forte, para baixo, com deflação – e isso acaba pesando para uma descompressão na curva de juros”, concluiu.
Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,215 % de 13,205 % no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 14,480 % de 11,465%, o DI para janeiro de 2026 ia a 10,880 %, de 10,900%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,915 % de 10,970 % na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a 5,0740 para venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
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