As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) seguem avançando, em movimento de correção depois das quedas da última semana, em dia de feriado nos Estados Unidos e com pouca movimentação nos mercados.
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A semana, no entanto, deve ser de agenda cheia aqui com dados de inflação e PIB, além do payroll nos Estados Unidos.
“A curva de DI futuro inicia a semana em tom altista, em meio à liquidez reduzida devido a feriados nos EUA e Europa e a menor aversão a risco dos investidores, após o acordo entre Casa Branca e Câmara para elevar a dívida pública norte-americana”, explica o economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi.
“Além disso, a manutenção das expectativas de IPCA de 2024 e 2025 e as de Selic (taxa básica de juros) no relatório Focus justificam um menor otimismo com um começo antecipado do ciclo de corte de juros do Comitê de Política Monetária (Copom).”
As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus reduziram de 5,80% para 5,71% a previsão para a inflação medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. A meta para a inflação no período é de 3,75%. Para 2024, as instituições financeiras mantiveram em 4,13% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,50%.
Sem novidades com a tramitação do arcabouço na Câmara, os noticiários de hoje falaram de uma insatisfação de Lira com ausência de articulação política do governo, além de “requentar o debate sobre o regime de meta de inflação, alegando que houve uma mudança na percepção sobre o regime com meta contínua, em detrimento do ano-calendário.”
Para Marcelo Castro, economista e sócio da Pronto! Investimentos, o movimento de hoje “é uma realização da semana passada que foi muito boa.”
“Como hoje não tem mercado de juros lá fora, o mercado fica meio sem parâmetro mesmo”, explica o especialista.
“Tem que ver como vai ser a volta do feriado amanhã [nos Estados Unidos] e como vai ser a reação do mercado norte-americano com o acordo do teto da dívida”, pondera. “Se fosse apostar, acredito que as taxas voltem a cair.
A negociação da dívida teve uma sinalização por acordo entre republicanos e democratas, conforme esperado. Tratou-se de uma convergência para elevação do teto por 2 anos e contenção de discricionários excluindo defesa. O trâmite deverá ocorrer até dia 31 de maio na câmara, seguindo para o Senado e potencialmente chegando na mesa de Biden antes de 5 de junho, nova data limite divulgada por Jenet Yellen, secretária do tesouro, para o estouro do teto da dívida.
Por volta das 16h35 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,210% de 13,165 % no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 11,490 % de 11,470%, o DI para janeiro de 2026 ia a 10,940 %, de 10,895%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,970 % de 10,930 % na mesma comparação. No mercado de câmbio, o dólar operava em alta, cotado a 5,0120 para venda.
Camila Brunelli / Agência CMA
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