Em meio à crescente preocupação com a pressão causada pela inflação nas famílias britânicas, o governo do Reino Unido anunciou sua intenção de se envolver com o setor de alimentos a fim de buscar soluções para mitigar os altos preços dos produtos. No entanto, o país descartou a possibilidade de impor limites de preço aos itens de supermercado, optando por um enfoque voluntário.
Um porta-voz do governo afirmou à CNBC por e-mail nesta segunda-feira que “o governo não está considerando impor limites de preços. Qualquer esquema para ajudar a reduzir os preços dos alimentos para os consumidores seria voluntário”.
“Sabemos que as famílias estão sob pressão com o aumento dos custos e, enquanto a inflação está caindo, os preços dos alimentos permanecem teimosamente altos. É por isso que o primeiro-ministro e o chanceler têm se reunido com o setor de alimentos para ver o que mais pode ser feito”, completou.
De acordo com informações citadas pelo Sunday Telegraph no sábado (27), os assessores do gabinete do primeiro-ministro Rishi Sunak já estão trabalhando em um esquema que incentivaria os supermercados a cobrar voluntariamente o menor valor possível por certos itens. A iniciativa visa proporcionar alívio aos consumidores e ajudar a amenizar os efeitos da inflação.
Em uma entrevista à BBC, o secretário de saúde britânico, Steve Barclay, foi questionado sobre a possibilidade de estabelecer um teto de preços para alimentos básicos nos supermercados. Em resposta, Barclay enfatizou o objetivo do governo em buscar “discussões construtivas com os supermercados sobre como trabalhamos juntos, não sobre qualquer elemento de compulsão”.
Larissa Bernardes / Agência CMA
Imagem: Unsplash