O Comitê de Política Monetária (Copom) cortou hoje, na “super quarta” (20), a taxa de juros do país, a taxa Selic, em 0,5 ponto percentual (pp), de 11,25% para 10,75%. A decisão foi unânime.
Segundo o IEPS, índice desenvolvido pela Equus Capital para avaliar a probabilidade de ajuste da taxa Selic, a probabilidade de corte de 0,5 pp era praticamente unânime no mercado, com 99% das expectativas.
Analistas acreditam que esse ritmo nos cortes seja o mais adequado para manter a política monetária contracionista (juros que desaquecem economia) necessária para controlar a inflação.
“O conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia antecipado pelo Copom. A inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação, enquanto as medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, diz o relatório.
Dessa forma, a segunda reunião do Copom no ano se alinha com as projeções dos especialistas. Para este ano, o mercado espera que a Selic encerre entre 9,25% e 9,5%.
Como a Selic afeta meus investimentos?
A taxa Selic é conhecida como a taxa básica de juros, influenciando diretamente a economia do país e a vida das pessoas, e serve, principalmente, para controlar a inflação do país. Quando a Selic aumenta, ajuda a desacelerar a economia e controlar a inflação. Quando a Selic cai, a economia aquece e estimular o consumo no mercado.
A taxa também responde à porcentagem de juros que deve ser paga aos bancos quando você realiza um financiamento ou empréstimo. Além disso, ela está diretamente relacionada aos investimentos de renda fixa, impactando no valor que um investidor vai receber por algum título que adquiriu.