O Boletim Macro Fiscal da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda manteve a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 em 2,2%, de acordo com informações recentes. Apesar de ligeiramente abaixo das expectativas para 2023, houve uma aceleração interanual no crescimento da Indústria e dos Serviços no último trimestre de 2023, uma dinâmica não vista desde o final de 2022, período de recuperação pós-pandemia.
O relatório indica uma perspectiva de crescimento mais equilibrado para 2024, impulsionado pelo avanço de setores cíclicos e pela expansão da absorção doméstica. Para 2025, a alta do PIB é estimada em 2,8%.
Revisões nas estimativas
Embora a projeção geral para o crescimento permaneça estável, houve revisões nas estimativas de PIB por setor produtivo. Notavelmente, a Agropecuária teve sua variação esperada para o PIB revisada para baixo, refletindo uma redução nas expectativas para a safra de 2024. Por outro lado, as projeções para a expansão dos Serviços e da Indústria foram revistas para cima, com expectativas otimistas, especialmente para a recuperação da produção manufatureira e da construção.
Inflação
A previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi ajustada para 3,50% em 2024 e 3,10% em 2025. Fatores como o impacto do El Niño sobre a inflação de alimentos e energia elétrica, bem como os reajustes observados para itens monitorados, têm influenciado essas estimativas.
Déficit primário
No Prisma Fiscal de março, a projeção mediana para o déficit primário de 2024 caiu, seguindo uma tendência de queda observada nos meses anteriores. Esse declínio reflete a melhora nas perspectivas para a arrecadação federal e o crescimento nominal.