O Ibovespa encerrou a sessão com pouca variação, refletindo um mercado cauteloso e com baixa liquidez. Sem indicadores ou notícias de grande impacto, investidores preferiram adotar uma postura mais conservadora, aguardando pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e pelo IPCA-15 de março, programados para amanhã.
O principal índice da B3 caiu 0,08%, aos 126.931,47 pontos. O giro financeiro foi de R$ 16,4 bilhões.
Petróleo
O dia foi marcado pelo aumento dos preços do petróleo, impulsionando empresas do setor. O contrato futuro do WTI para maio subiu 1,63%, atingindo US$ 81,95 o barril, enquanto o Brent para junho avançou 1,47%, alcançando US$ 86,08 o barril. Essa alta foi atribuída tanto ao enfraquecimento global do dólar quanto às tensões geopolíticas entre Rússia e Ucrânia, que aumentaram os riscos para a oferta da commodity.
Expectativas na política monetária
Investidores aguardam a ata do Copom, que será divulgada amanhã, em busca de informações que ajudem a compreender as mudanças no “forward guidance” do comitê e a ajustar as expectativas para a taxa Selic. O comunicado da última reunião indicou apenas mais um corte de 0,5 ponto percentual nos juros na próxima reunião, em maio, o que diverge da indicação anterior de cortes nas “próximas reuniões”, no plural.
Cenário corporativo
O destaque ficou para a Petrobras e empresas ligadas ao petróleo influenciadas pela alta da commodity no mercado internacional.
A 3RPetroleum (RRRP3) liderou os ganhos do Ibovespa em 3,47%. A Petrobras (PETR3 e PETR4) subiu 1,24% e 1,52%. Petrorio (PRIO3) e PetroRecôncavo (RECV3) avançaram 2,09% e 2,86%, respectivamente.
Em relação à Prio, além do petróleo, em fator relevante a empresa confirmou a aprovação da terceira emissão de debêntures simples, no valor de R$ 1,3 bilhão.
Na ponta negativa, os papéis da Braskem (BRKM5) e CCR (CCRO3) caíram 4,54% e 3,20%. Em relação à Braskem, o movimento é de realização, após recente rali de mais de 30% por conta das notícias sobre o processo de aquisição da empresa.
A CCR (CCRO3) recua refletindo o rebaixamento de compra para neutro pelo UBS, com preço- alvo de R$ 16. O Grupo Casas Bahia (BHIA3) registrou queda de 2,94%; a empresa enfrenta situação complicada com endividamento e sem capacidade de entregar resultados trimestrais positivos. Vale (VALE3) caiu 0,21%.