A Movida (MOVI3) divulgou seus resultados do quarto trimestre, revelando uma receita líquida e EBITDA ajustado próximos às expectativas, mas com um lucro líquido consideravelmente impactado.
A empresa reportou uma receita líquida de R$ 2,5 bilhões e um EBITDA de R$ 866 milhões. No entanto, o lucro líquido foi de -R$588 milhões, devido a uma baixa contábil e outros impactos não recorrentes.
Impacto da Baixa Contábil nos Resultados
O lucro líquido foi severamente afetado por uma baixa contábil de R$ 484 milhões, relacionada a diversos fatores, incluindo depreciação adicional para ajustar o valor residual da frota de RAC, amortização de ágio de aquisições e despesas relacionadas ao fechamento de lojas, entre outros. Excluindo esses impactos, o prejuízo líquido ajustado foi de R$ 105 milhões.
Desempenho da divisão de seminovos e frota
A receita líquida da divisão de Seminovos foi de R$ 1,2 bilhão, com uma queda significativa em relação ao ano anterior. A empresa vendeu 17,3 mil veículos no trimestre, com uma margem de 3,5%. No entanto, a Movida aumentou sua frota em cerca de 30 mil veículos, alcançando um total de 244 mil veículos.
Depreciação e destaque do GTF
A depreciação anualizada trimestral do RAC e do GTF subiu ligeiramente, refletindo as condições do mercado. Na divisão RAC, os aluguéis diários permaneceram estáveis, enquanto o GTF registrou aumento na receita, refletindo tarifas mais altas e volumes crescentes.
Recomendação de compra
A dívida bruta da Movida aumentou para R$ 15 bilhões, com a dívida líquida/EBITDA atingindo 3,1x. Mas, apesar das dificuldades enfrentadas no quarto trimestre, a empresa prevê um desempenho melhor para 2024, como evidenciado pelos resultados preliminares do segundo trimestre.
Acreditando nessa melhora, o BTG Pactual recomenda compra para as ações da Movida, com preço-alvo de R$ 15.
As 14h, as ações sobem 3,86%, cotadas a R$ 8,88