A Rede D’Or divulgou hoje o balanço do 4º trimestre de 2023 (4T23), com lucro líquido de R$ 668,1 milhões, queda de 12,1% na comparação com o terceiro trimestre de 2023 (3T23). Em 2023, o lucro líquido foi de R$ 2,167 bilhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 1,485 bilhão, queda de 22,3% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Em 2023, o Ebitda foi de R$ 6,359 bilhões. Já o Ebitda ajustado foi de R$ 1,772 bilhão, queda de 14,5% em relação ao terceiro trimestre de 2023. Em 2023, o Ebitda ajustado foi de R$ 7,354 bilhões.
O resultado frente ao 4º trimestre de 2022 (4T22) foi impactado pelo crescimento da receita líquida (+9,3%), com maior volume de procedimentos cirúrgicos (+4,9%) e infusões oncológicas (+3,8%). No 4T23, a margem EBITDA alcançou 22,7%, registrando avanço de 1,5 p.p. vs. 4T22
A receita líquida foi de R$ 11,937 bilhões, queda de 0,6% em comparação ao terceiro trimestre de 2023. Em 2023, a receita líquida foi de R$ 46,946 bilhões.
Volume cirúrgico e ocupação de leitos
O volume cirúrgico registra 120 mil procedimentos no trimestre (+4,9% vs. 4T22) e acumulado de 498 mil em 2023 (+6,2% a/a).
A taxa média de ocupação de leitos atingiu 79,5% em 2023, igualando recorde histórico da companhia; no 4T23, a ocupação foi de 76,4%, alinhada à média histórica de quartos trimestres.
Dados financeiros
A receita bruta foi de R$ 7 bilhões, alta de avança 8,7% na comparação anual, totalizando R$ 28,4 bilhões e crescimento de 10,3% em 2023.
O ticket médio aumentou 8,5% na comparação com o quarto trimestre de 2022, consolidando expansão de 8,4% no acumulado do ano.
Ebitda
O Ebitda foi de R$ 1,4 bilhão, alta de 17,2% na comparação anual, com margem de 22,7%. No ano, crescimento foi de 19,7% acumulando R$ 6,3 bilhões com 25% de margem.
No 4T23, a Rede DOr registrou 672,8 mil diárias de internação (paciente-dia) em seus hospitais, em linha com o mesmo trimestre do ano anterior e 4,9% menor em relação ao 3T23, atentando para o efeito sazonal que usualmente reduz os volumes de atendimento no quarto trimestre do ano.
Sulamérica
A receita líquida de SulAmérica atingiu R$ 7 bilhões no 4T23 e R$ 27 bilhões no ano, refletindo ajustes de preços das carteiras e uma base de clientes estável.
A Sinistralidade consolidada de 85,1% no 4T23 apresenta melhora de 7,4 p.p. e 1 p.p. vs. 4T22 e 3T23, respectivamente.
As despesas administrativas (desconsiderando provisão para contingências) em relação às receitas de 4,8% no ano, vs. mais de 7% em 2022.
O Ebitda ajustado totalizou R$ 301,7 milhões no 4T23 e R$ 993,4 milhões em 2023.
A companhia possui um extenso programa de expansão orgânica, com mais de 50 projetos distribuídos em novas unidades (greenfield) e expansões em unidades existentes (brownfield). Os projetos somam 6.634 leitos totais, sendo 2.083 leitos greenfield e 4.551 leitos brownfield. No quarto trimestre de 2023, a Rede DOr
avançou na fase final de importantes obras, dentre as quais a obra civil do Hospital Memorial Star, no Recife que entrará em operação no mês de abril além das expansões do Hospital Vila Nova Star, na cidade de São Paulo, do projeto Aliança Star, em Salvador, assim como o novo Hospital Macaé DOr, no estado do Rio de Janeiro.
A Rede DOr terminou 2023 com 11.737 leitos totais, um incremento de 250 leitos frente ao final de 2022 (+2,2% a/a). O principal investimento responsável pelo aumento de capacidade física no ano foi o hospital Memorial Star. Demais projetos como Vila Nova Star, Aliança Star e Macaé DOr encontravam-se em fase final de desenvolvimento. Ao fim do 4T23, 9.598 leitos estavam em operação; 129 leitos operacionais a mais que ao final do mesmo período do ano anterior e em linha com o registrado no 3T23, mesmo com a queda de volumes tipicamente sazonal ao final do ano.
Ao final do 4T23, o saldo consolidado da dívida bruta(1) da Companhia foi de R$34.072,5 milhões, apresentando expansão de 4,6% frente a dez/22. Quando comparada a set/23, a dívida bruta apresentou aumento de 1,9%. Em relação ao perfil da dívida bruta, o prazo médio permaneceu estável em 5,5 anos ao final de dez/23. O custo médio(2) da dívida bruta fechou o trimestre equivalente a CDI + 1,1% a.a (vs. CDI + 0,9% em set/23). Ao final do período, 81,5% da dívida bruta consolidada estava denominada em Reais (vs. 81,7% no 3T23), enquanto o restante era denominado em moedas estrangeiras, com hedge para exposição cambial integralmente
contratado.
O índice de alavancagem consolidado, considerando o caixa líquido de provisões técnicas, medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA atingiu 2,3x ao final do período redução de 0,5x em relação ao 4T22 e em linha com o 3T23. Em relação ao perfil da dívida ao final de dezembro de 2023, considerando a contratação de derivativos e outros instrumentos financeiros (conforme descritos na Nota Explicativa 24.2 das DFs), e o caixa disponível da companhia, 9,1% da dívida líquida estava atrelada a taxas prefixadas, enquanto 90,9% estava atrelada a taxas flutuantes.
Emerson Lopes / Agência CMA
Imagem: Divulgação