A maioria dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) é a favor de pausar o aumento de juros depois da alta de 0,35 pontp percentual (pp) realizada no dia 3 de maio, quando terminou a última reunião do grupo.
De acordo com a ata da cúpula, os membros estão incertos quanto aos rumos da política agora que as taxas se encontram entre 5,0% e 5,25%.
“Vários participantes observaram que, se a economia evoluiu de acordo com suas perspectivas atuais, pode não ser necessário mais firmeza política após esta reunião”, informa o documento.
Outros membros, no entanto, acreditam que “provavelmente seria necessário um reforço adicional da política em reuniões futuras” porque esperam que “o progresso em direção ao retorno da inflação para 2% pode continuar a ser inaceitavelmente lento”.
A ata mostrou que o Fomc continua esperando que uma recessão comece por volta do quarto trimestre deste ano, já que os efeitos defasados dos aumentos de juros e tensões bancárias desaceleraram a atividade econômica.
Sobre a situação bancária, os membros estão confiantes no sistema, carcaterizando-o como “firme e resiliente”. Para eles, as condições estão melhores do que em março, quando os primeiros bancos regionais começaram a falir.
No entanto, a instabilidade e o apertom monetário criaram condições menores de crédito que, para alguns, pode ter efeitos semelhantes a um maior aperto monetário.
“As condições bancárias fizeram as incertezas para as perspectivas econômicas subirem para os membros do Comitê”, diz o documento, reforçando que, com isso, a extensão exata de quanto aumento de juros é necessário se tornou mais incerta.
Julio Viana / Agência CMA
Imagem: divulgação
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