As bolsas europeias encerraram em queda nesta terça-feira (2), revertendo os ganhos iniciais após o feriado prolongado de Páscoa. Esse movimento acompanhou a tendência negativa em Wall Street, impulsionada pelas incertezas em torno do cronograma de alívio monetário nos Estados Unidos.
Resultado dos índices:
- FTSE-100 (Londres): -0,22%, 7.935,09 pontos;
- DAX-30 (Frankfurt): -1,09%, 18.290,81 pontos;
- CAC-40 (Paris): -0,92%, 8.130,05 pontos;
- FTSE MIB (Milão): -1,22%, 34.325,23 pontos;
- IBEX-35 (Madri): -0,89%, 10.975,60 pontos;
- SMI-20 (Zurique): -1,15%, 11.595,00 pontos;
- PSI-20 (Lisboa): +0,43%, 6.307,21 pontos.
Em Frankfurt, o movimento foi influenciado por uma correção após atingir uma marca inédita de 18.504,51 pontos antes do feriado de Páscoa. As ações de empresas como Vonovia, Merck e Zalando estiveram entre as mais afetadas, registrando quedas significativas.
Desafios econômicos e perspectivas do BCE
Mais cedo, os índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) industriais da Europa forneceram uma perspectiva variada. Enquanto o PMI da zona do euro registrou uma queda para 46,1 na leitura revisada de março, ainda assim superou as estimativas preliminares. Na Alemanha, embora tenha havido uma queda, o PMI também superou as expectativas, sugerindo uma recuperação gradual. Já no Reino Unido, o PMI surpreendeu ao ultrapassar a marca de 50, indicando expansão na manufatura.
Os dados de inflação também estão no radar, com o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da Alemanha registrando um aumento de 2,2% em março em relação ao ano anterior, em linha com as expectativas dos analistas. O resultado pode influenciar as decisões futuras do Banco Central Europeu (BCE), que aguarda evidências de uma trajetória sustentável em direção à meta de 2% de inflação antes de considerar cortes nas taxas de juros.
A reunião do BCE em 11 de abril está prevista para ser “intermediária”, sem decisões concretas de política monetária, de acordo com Reinhard Cluse, economista do UBS Research. Os dirigentes do banco central já deixaram claro que abril é muito cedo para o primeiro corte nas taxas de juros, e apesar de o BCE ter destacado a dependência dos dados, “parece ter havido um consenso no conselho de governadores de que 6 de junho será o momento apropriado para o primeiro corte”, conforme mencionado em uma nota.