O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, fechou em alta impulsionada pelas gigantes das commodities, Petrobras (PETR3 e PETR4) e Vale (VALE3), e conseguiu se defender do pessimismo externo.
Ao longo do dia, o pregão foi morno entre altas e baixas, com a cautela em relação aos juros americanos. Mas, o avanço nos preços do minério de ferro na China e do petróleo em Londres e Nova York, impulsionou o índice, que atingiu sua máxima intradia em 127.654,04 pontos e fechou com um ganho de 0,44%, alcançando 127.548,52 pontos.
O volume financeiro negociado aumentou ligeiramente nesta terça-feira, atingindo R$ 21,4 bilhões, após ter ficado abaixo de R$ 20 bilhões no pregão anterior.
Fatores externos
O dia foi marcado pelo avanço nos rendimentos dos Treasuries longos, após dados econômicos americanos superarem as expectativas, reforçando dúvidas quanto ao início do ciclo de cortes de juros do Federal Reserve.
Mais cedo, Mary Daly, dirigente do Fed de São Francisco, disse que três cortes nos juros norte-americanos são uma base razoável.
Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, disse que o Ibovespa se recuperou na parte da tarde. “O índice superou o mau desempenho das bolsas norte-americanas, que seguiram pressionadas pelas incertezas cada vez maiores sobre uma eventual postergação do início dos cortes dos juros. A alta das blue chips ligadas às commodities ajudou para blindar o Ibovespa”.
Cenário corporativo
Além da forte alta da Petrobras, com valorização de 2,72% (ON) e 2,58% (PN), e da Vale ON, que teve alta de 1,18%, outro peso-pesado do índice se destacou. As ações do Bradesco também contribuiu para o dinamismo do Ibovespa, fechando com ganhos moderados de 0,57% (PN) e 0,56% (ON).
As ações ligadas ao petróleo se destacaram positivamente. 3RPetroleum (RRRP3) subiu 0,72%. Petrorio (PRIO3) cresceu 1,36%. A exceção ficou para a Petro Recôncavo (RECV3).
Maiores altas e baixas
Na ponta positiva do índice, destacam-se Lojas Renner (+3,80%), impulsionada por uma recomendação de compra do Bank of America (BofA), seguida por Engie (+2,76%) e Petrobras.
Já na outra ponta, PetroRecôncavo (-9,02%), Azul (-2,85%) e Vamos (-2,66%) figuraram entre as maiores quedas. O recuo da PetroRecôncavo se deu após a 3R Petroleum suspender as negociações para uma fusão com a empresa, priorizando uma proposta da Enauta para a combinação de negócios.